1 de fevereiro de 2011

Voce decide

 Afinal de contas, qual é o objetivo principal do Conselho Municipal de Transportes? Fiscalizar o andamento do transporte coletivo proporcionando um serviço de qualidade ao usuário ou defender os direitos da empresa exploradora dos serviços? Nos últimos dias o povo de João Monlevade assistiu de perto uma verdadeira “queda de braço” entre o governo Municipal e a Enscon Transportes. A empresa queria reajustar a tarifa passando de R$ 2,50 para R$ 3,00. O governo Prandini por sua vez sinalizava contra qualquer reajuste tarifário. Para solucionar o impasse o Conselho Municipal de Transportes foi acionado para se posicionar. Dentro do próprio governo a maioria apostava que o CMT também se posicionaria contra o reajuste, até porque, as reclamações dos usuários eram constantes naquele setor. Isso sem falar no parecer do Ministério Público local que encontrou indício de irregularidade na licitação vencida pela Enscon no governo do ex-prefeito Carlos Moreira, inclusive com a possibilidade de cancelamento do atual contrato. Ledo engano! Numa postura que levantou suspeita de “conchavos e maracutaias”, o órgão enviou ao prefeito Gustavo Prandini sugestão para que o reajuste em média de 11,5% fosse concedido á empresa. Surpreso com o posicionamento do Conselho Municipal de Transportes, Prandini simplesmente ignorou a sugestão e decretou o congelamento nos preços das passagens. A surpresa maior viria mais tarde. Numa clara demonstração de estar “comprometido” até o pescoço com os interesses da Enscon, o presidente do CMT, senhor Jorge Lial, classificou a decisão do prefeito como “ridícula”. O presidente foi ainda mais longe: “Isso é injusto! O prefeito Gustavo Prandini deve respeitar o contrato firmado entre o Executivo e a Enscon e que o equilíbrio financeiro do transporte coletivo está previsto na Lei Orgânica”, reagiu o defensor da empresa que prometeu buscar apoio junto á Câmara de Vereadores para derrubar o decreto do prefeito congelando a tarifa. Pelo visto o abacaxi vai parar nas mãos dos “pobres” vereadores. Se eles se posicionarem a favor da empresa o preço poderá ser alto nas próximas eleições. Se os nobres edis decidirem ficar com o povo, fatalmente a grana será curta nas próximas eleições. E ai, você decide!


Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto Zé. O CMT não está com nada. Aqui meu bem, vamos sair esse fim de semana aqui em Monlevade?

    Beijos lindo...

    Ana Beatriz

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