27 de fevereiro de 2011

Os perigos do Orkut

“O Orkut apareceu como uma forma de rever amigos, saber notícias de quem está distante e mandar recados. E hoje está sendo utilizado com um propósito, creio eu, para obtenção de informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira. Porque será que só no Brasil teve a repercussão que teve? Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidades de forma tão irresponsável e leviana. Foi por um acaso que você recebeu um telefonema dizendo que seus filhos seriam seqüestrados? Que sua mãe idosa estava sendo seguida por uma quadrilha de malandros? Você já foi abordado num barzinho dizendo que te conheciam faz tempo? Já foi para um barzinho preparada para encontrar amigos de 20 anos atrás e não viu ninguém? Pois é, tudo está lá no Orkut! Com cinco minutos de navegação eu sei que você tem dois filhos, tem namorado, estuda no colégio tal e freqüenta cinemas. O melhor de tudo, com uma foto na mão identifico seu rosto em meio a multidões na porta do seu trabalho, no meio da rua. Já sei inclusive onde você está agora. É só ler os seus recadinhos. Faço um pedido: quem quiser se expor assim faça-o de forma consciente, mas depois não reclame. Não se desespere caso seja vítima de uma armação, mas poupe seus filhos, poupe sua vida íntima. O bandido te ligou para te extorquir dinheiro? Também porque você deixou! As fotos dos seus filhos estão lá; o local do seu trabalho está lá; a foto no hotel cinco estrelas na praia está lá; a foto da moto na garagem está lá. Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado. Por enquanto temos ouvido falar em ameaças á crianças e idosos. Até que um dia a ameaça será fato real. Ai será tarde demais. Se você me entendeu, ótimo!”

26 de fevereiro de 2011

"Minha Gráfica, Minha Vida" - Parte ll


Como vimos no último capítulo, com o oficial de Justiça no seu calcanhar para executar a ação de despejo contra seu jornal e seu parque gráfico, o “vilão” da nossa história teve mais uma de suas brilhantes idéias. Ele enviaria uma comitiva até o Paço Municipal levando a “bandeira da paz” para tentar sensibilizar o jovem prefeito advogado. Como ninguém se habilitou a encarar a empreitada, o escolhido por livre e espontânea pressão acabou sendo o experiente advogado do empresário, “mister” Teotônio Neto, profissional de fibra, sério e de fala suave. Para evitar que sua presença no local fosse registrada pelas lentes indiscretas do “Barbosinha”, “mister” Teotônio chegou bem cedo ao local, antes mesmo do galo cantar. Aparentemente calmo, o advogado esperou a prefeitura abrir suas portas e num piscar de olhos já estava na Procuradoria Jurídica Municipal. Sem prolongar muito o assunto, Teotônio Neto foi logo afirmando que seu patrão necessitava de um prazo de 100 dias para desocupar o imóvel ocupado ilegalmente. Ele justificou que devido às “dificuldades técnicas” todo o equipamento do patrão poderia sofrer maiores danos com a desocupação imediata. Enquanto o advogado do empresário tentava garantir mais 100 dias no local sem pagar aluguel, um outro advogado impetrava junto ao Tribunal de Justiça na capital mineira, mais um recurso contra a ação de despejo. Paralelo á tudo isso, na Câmara de Vereadores o popular “José dos Despachos” e o catireiro “Vaval Noite” discutiam uma maneira “saudável” e “democrática” de permitir que os ocupantes de áreas públicas pudessem fazer permutas com o poder público. Apesar da euforia do vereador catireiro, nenhuma brecha na lei foi encontrada. Apesar da “bandeira da paz” empunhada pelo advogado, a Procuradoria Jurídica foi enfática: “A única coisa que podemos fazer é ceder alguns caminhões para que seja feito o transporte do material que se encontra no imóvel. Mais que isso, somente a Justiça poderá fazer”, disse o procurador para desespero do porta-voz do empresário. Desolado com o fracasso, o empresário correu para o seu parque gráfico e mandou rodar aquele que poderia ser o último jornal impresso no imóvel do povo. E ele não perdoou. Na primeira página do jornal veio a seguinte manchete: “Prefeito quer despejo imediato do jornal”. De acordo com a Procuradoria Jurídica, até ás 18 horas daquela sexta-feira, 25, a ação de despejo deveria ser cumprida. Continua no próximo capítulo.

25 de fevereiro de 2011

"Minha Gráfica, Minha Vida"


Escrita pelo conceituadíssimo dramaturgo Carlos Ezequiel Moreira, a novela “Minha Gráfica, Minha Vida” parece ter caído na “Boca do Povo”. Pelos quatro cantos da cidade, não se fala em outra coisa a não ser no desfecho da trama que já está despertando interesses da Record do Bispo Edir Macedo e do Sistema Brasileiro de Televisão – SBT, do Sílvio Santos. O enredo que conta a história de um carioca que se mudou para o interior mineiro para atuar no ramo de comunicação foi todo gravado na pacata cidade do francês Jean-Antoine Félix Dissandes de Monlevade. A trama tem início quando um prefeito, para quitar suas dívidas de campanha, resolve presentear um grupo de amigos com áreas públicas, dentre eles, o marqueteiro que coordenou sua campanha política. Após se instalar no local, o tal marqueteiro faz uma “parceria” com o grupo político de um deputado famoso e monta um parque gráfico para editar o seu jornal. O jornal seria usado para enaltecer o grupo do deputado e detonar os desafetos políticos, impedindo assim que outro político qualquer viesse ameaçar a tranqüilidade do grupo dominador. Durante um bom tempo a tática deu certo, até que um dia um jovem advogado, assessorado por um escritor itabirense resolve desafiar os poderosos. Percebendo que a população clamava por mudanças, o jovem advogado e seu fiel escudeiro partiram prá cima e acabou derrubando os poderosos, também batizados de “corja” por um pároco da cidade. Após perder as “tetas” do poder, o vilão da história resolve se agarrar com unhas e dentes ao “seu único patrimônio”, ou seja, á sua gráfica Nina, que na realidade pertence ao povo. O que ele não esperava é que um representante do Ministério Público resolveu acabar com a farra e pediu a reintegração de posse de todos os imóveis usados pelo ex-prefeito para presentear os amigos. Para tal, a Justiça determinou o “despejo” e a desocupação do prédio onde estava o jornal e a gráfica. Desesperado o “empresário” resolve pedir ajuda aos vereadores que não se manifestam. Ele então tenta virar o jogo com a ajuda do deputado, que também não se manifesta. Com os dias contados para devolver o imóvel, o “empresário” tenta na Justiça um prazo maior para permanecer no local enquanto espera por uma virada de mesa ou por um milagre. Sem ter para onde correr e nem a quem recorrer, nosso personagem encontra uma luz no fim do túnel: procurar o prefeito advogado e tentar uma negociação. Será que vai dar certo? Como será o encontro do “empresário” com o prefeito advogado? Será que o prefeito vai atender um pedido de alguém que sempre fez tudo para desmoralizá-lo perante a opinião pública? Você vai saber tudo isso no próximo capítulo da novela “Minha Gráfica, Minha Vida”. Não percam!

Indústria do Dano Moral


Alguns “espertalhões” de João Monlevade descobriram uma maneira de ganhar dinheiro fácil. Eles criaram e implantaram no município a chamada “Indústria do Dano Moral”. O objetivo não poderia ser outro: ficar rico ás custas de uma moral supostamente ofendida. Os principais alvos desses “falsos moralistas” são jornalistas, radialistas, repórteres, e donos de blogs. De uns tempos para cá, principalmente nessa época de vacas magras, vários militantes da imprensa, inclusive eu, foram acionados na Justiça para reparar a moral de alguém, como se a moral tivesse um caráter patrimonial. Na maioria das vezes, essas vítimas que tiveram a moral abalada, acionam a Justiça em busca de indenização em dinheiro. Muitas vezes esses “ofendidos” pleiteiam valores absolutamente desproporcionais ao dano. Não se trata de ser contra a reparação do Dano Moral, mas contra a banalização do mesmo. A reparação do Dano Moral vem sendo feita quase sempre de forma patrimonial, ou seja, de forma com indenização em dinheiro. Que tal obrigar o causador do Dano Moral a dar tratamento psicológico para o ofendido? Certamente nenhuma vítima aceitaria! Mas será que o dinheiro restabelece a moral de alguém? Duvido muito! Durante minha audiência para “reparar” os danos que eu teria causado a alguém, esse alguém tão logo entrou na sala do juiz e foi logo alertando que “não teria acordo”. Ele deixou claro que a única maneira de reparar os danos causados á sua moral seria o valor pleiteado de R$ 20.400,00. Já fui taxado de “traficante”; “forasteiro”; “mercenário” e até de “lixo”. Nunca acionei a Justiça para pedir dinheiro á título de Danos Morais. O meu conceito de moral é totalmente diferente do que tenho visto por aí. A minha moral não tem preço, ela jamais será reparada com um punhado de dinheiro. Por isso, podem me chamar de “forasteiro”, “mercenário”, “mentiroso”, “traficante”, “lixo”, “macaco”, “veado” ou até mesmo “rabicó”. Nada irá abalar ou comprar a minha moral.

23 de fevereiro de 2011

Prepotência e arrogância de um semi-deus

Há mais de trinta anos militando na imprensa e há quase vinte freqüentando o banco dos réus, nunca havia presenciado algo tão estarrecedor como presenciei durante audiência no Fórum Milton Campos, em João Monlevade. Sem tecer muitos comentários, se o episódio tivesse acontecido em qualquer outra comarca, certamente alguém deixaria o local algemado direto para o Xilindró. Confesso que fiquei assustado com a prepotência e a arrogância daquele que me acionou na Justiça. De cabeça erguida e ar de superioridade, o dito cujo, dotado de poderes extraordinários, só faltou tomar o lugar da juíza e me condenar sem sequer me dar o direito de defesa. Como um semi-deus, o meu algoz não respeitou nem mesmo o seu advogado. Nervoso e agitado, á todo instante ele confabulava ao ouvido do seu representante, como se o seu advogado não estivesse preparado para defendê-lo. Sua atitude deixava uma certa dúvida no ar: afinal de contas, quem seria o advogado e quem seria o cliente? Fui interrompido várias vezes durante o meu depoimento. Cheguei ao ponto de solicitar á juíza que tomasse providência contra aquele senhor, que a todo o momento rosnava me chamando de “réu confesso” e “mentiroso”. Confirmei tudo aquilo que havia dito ao jornal Bom Dia. Não tinha motivos para mentir, nem para tremer nas bases e muito menos para me exaltar com as perguntas que me eram feitas. Tão logo terminou a oitiva, a juíza tentou argumentar que ambos, o “acusado” e o “acusador” perderam uma excelente oportunidade para a reconciliação. Foi o suficiente para que o semi-deus trepasse nas tamancas e descarregasse ali, na frente da juíza toda sua fúria e desequilíbrio, que não combinam bem com as atitudes de uma pessoa que se diz “conciliadora” e “sensata”. Quando tudo parecia contornado, a juíza opinou sobre o comportamento da imprensa, alegando que os órgãos de imprensa de João Monlevade “usam seus espaços para lavar roupa suja, e não prestam um bom serviço para a comunidade.” Pronto, aquela colocação da juíza foi o suficiente para colocar nas alturas a “diabete” do semi-deus. Arrogante, prepotente e mal educado, o “cidadão monlevadense” bateu na mesa, e desafiou a juíza, alegando que tem “mais de 60 anos e o seu jornal jamais atacou alguém”, disse isso sem pelo menos ficar vermelho! Aproveitando a deixa, e sem citar nomes, a juíza criticou também as “três emissoras” de rádio local, afirmando que todas elas também são usadas para lavar roupa suja. Para quebrar o clima tenso criado pelo seu cliente, o advogado do mesmo arriscou um palpite dizendo que sua emissora de rádio preferida seria a Guarani de BH. Voltando á audiência, o semi-deus deixou claro que não vai abrir mão da indenização de R$ 20.400,00 que pleiteia na Justiça por “danos morais” contra sua pessoa. Ele também mentiu afirmando que “seu jornal nunca foi acionado na Justiça por danos morais”. O desfecho dessa ação de “reparação de danos morais” deverá acontecer nos próximos dias. É só aguardar!
 

Espinhaço Eletrônico - Edição de Fevereiro 2011

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22 de fevereiro de 2011

Onipotente, Onisciente e Onipresente

“Não há quem não conheça o provérbio popular, que diz “o poder corrompe”. Alguns acham que é uma bobagem criada pelo povão, outro que não é bem assim, pois depende do caráter da pessoa e alguns outros afirmam que nada tem a ver com a verdade. Mas a ciência entrou em campo, prá nos trazer uma resposta dentro dos rigores científicos, mesmo que desagrade e surpreenda a uns poucos. O pesquisador americano Adam Galinski, Ph.D. em psicologia social pela renomada Universidade de Princeton, diz que o poder, na maioria das vezes, torna as pessoas mais corruptas, gananciosas, mesquinhas e hipócritas e, em geral, muda-as para pior. Vixe Maria! Que tristeza! A experiência foi aplicada em forma de testes comportamentais a voluntários. Os pesquisadores observaram que, nos testes aplicados, “os poderosos não só trapaceavam mais, como se mostravam mais hipócritas ao se desculpar por atitudes, que condenavam nos outros.” Como acontece na vida real, tais sujeitos julgavam-se acima do bem e do mal, como se certas regras comportamentais não dissessem respeito a eles. Portanto, abram os olhos, pois o poder corrompe sim. E não pensem que é só o poder de grande porte. Alguns indivíduos há, que mesmo no posto de gerentes de departamentos, representantes de comunidades, diretores de escolas, assessores de políticos, síndicos, dirigentes de clubes, porteiros, médicos de instituições públicas, portadores de diplomas de cursos superiores, etc., adotam uma postura de seres especiais, de uma espécie humana diferenciada da comum. E pior, aqueles que ousam questioná-los, para maior compreensão de determinado assunto, usando os meios legais, são tidos como desrespeitosos, desequilibrados e arrogantes. Sendo, até mesmo, intimidados por processos judiciais, por estarem duvidando da honra alheia ou os desrespeitando no exercício de suas funções. O que é uma piada bem conhecida em nosso meio. Diz a pesquisa que, embora os “notáveis mais notáveis" saibam que o poder os deixa no centro das atenções, pelo cargo ocupado, psicologicamente sentem-se invisíveis e inacessíveis á qualquer forma de punição. Coisa que não acontece ás pessoas ditas comuns, que são sempre penalizadas. Segundo o pesquisador, a melhor maneira de testar a identidade moral de um indivíduo é dar poder a ele, pois, já se pode afirmar com absoluta certeza, que o uso do poder provoca mudanças nos indivíduos, transformando-os em deus onipotente, onisciente e onipresente. Quem pensa que os “dominantes”, quando flagrados em seus delitos mostram-se envergonhados e arrependidos está redondamente enganado. Primeiro porque eles já cometeram muitas irregularidades, que não lhes trouxeram punição alguma e, segundo, porque se julgam no direito de tê-las cometido, pois não se vêem como cidadãos comuns, a quem cabe os rigores da lei. É o tal do “Você sabe com quem está falando?” A maioria das pessoas, quando fora do poder, possui um tipo de comportamento, mas assim que se vê imbuída de uma faísca de autoridade muda a conduta. Essa maioria não somente assume postura imoral, como se torna ditadora e hipócrita, defendendo padrões rígidos de comportamentos para os outros, mas que nunca dizem respeito a si. Vemos na verdade, que tais indivíduos trabalham, não pelo bem da coletividade, mas pelo bem deles mesmos.”

20 de fevereiro de 2011

De novo no banco dos réus

Na próxima terça-feira, 22, estarei de novo, ocupando um assento no banco dos réus. É a primeira vez em João Monlevade que estarei frente a frente com o magistrado e com aqueles que se sentiram ofendidos e resolveram buscar na Justiça uma recompensa de R$ 20.400,00 á título de “Danos Morais”, como se a moral de alguém tivesse um preço. Sei perfeitamente que o objetivo maior nem é o dinheiro, até porque, R$ 20.400,00 não vão resolver o problema de alguém que precisa muito mais que isso para resolver sua pendenga com a municipalidade. Na realidade, o que querem mesmo é calar a minha voz, impedir qualquer tipo de denúncia de escândalos envolvendo a chamada “corja”. Não deixa de ser curiosa a maneira mesquinha que esse cidadão que acionou a Justiça para “reparar a sua moral” se apóia para tentar calar a minha boca. Os mesmos artifícios e até os mesmos valores já foram pleiteados por esse “forasteiro” contra outros órgãos de imprensa local. Pelo visto esse “senhor” que sempre usou sua mídia para atacar, achincalhar e denegrir seus desafetos, não demonstra aptidão nem discernimento intelectual para conviver com a diferença de pontos de vista, com o conflito de idéias e versões, com o curso desimpedido das informações. Soa falso, além disso, que fale em “Danos Morais” alguém que vive chamando o atual governo de “corrupto” e “mentiroso”. Não é com reparações á sua imagem supostamente ofendida que esse senhor se preocupa no caso. Na realidade ele busca um bode expiatório para as trapalhadas que andou fazendo por aqui e continua fazendo nas cidades vizinhas. Sei da sua ansiedade, formidável numa pessoa com tantos problemas graves a enfrentar, perder seu precioso tempo para calar a voz de “um lixo” exportado de Itabira. Eu luto pela minha liberdade de expressão, enquanto ele, por uma vaidade ferida; e, no entanto minhas razões são públicas e de interesse geral, ao passo que as dele são particulares, sombrias como a própria insignificância na qual ele tem se recolhido tão logo foi banido da política local. Eu defendo para cada um o direito de expressar o que pensa sem ir para a cadeia por isso, enquanto ele se agarra á uma “Lei de Imprensa” extinta, para resgatar uma moral há muito tempo perdida.

18 de fevereiro de 2011

Apenas sessenta segundos

Na última quarta feira, 16, longe dos olhares desatentos dos verdadeiros “patrões”, os nobres vereadores da nossa querida João Monlevade, bateram um novo recorde. Em apenas sessenta segundos os legítimos “representantes do povo” aumentaram seus salários em 10,58%. Sessenta segundos! Nem o alemão Michael Schumacher, corredor de fórmula um seria tão rápido. O projeto de resolução 226/2011, de autoria do Pastor Carlinhos e Cia, não teve sequer discussão. Ninguém apresentou emenda, ninguém pediu vistas ao projeto e muito menos votou contra. Nem o “papagaio de pirata” usou a tribuna para contestar. O reajuste dos salários dos nobres edis foi aprovado por unanimidade dos presentes. É certo que os 10 beneficiados da Câmara Municipal vão alegar que “quem trabalha deve ser bem remunerado”, também concordo com essa tese, mas difícil será explicar como os salários dos verdadeiros trabalhadores brasileiros tiveram um reajuste que não chegou a 7%. Enquanto o Governo Federal demorou cerca de 60 dias para aumentar o salário mínimo em pouco mais de 6%, nossos “artistas” deram uma lição de cidadania e comprometimento com eles mesmos e levaram apenas sessenta segundos para liquidar a fatura. Mais uma vez os “donos do poder” utilizaram a confiança do povo em benefício próprio. É aquele velho ditado: “primeiro eu”, “segundo eu”, “terceiro eu”, e “o povo é que se dane”. Num país sério, quem deveria aprovar os salários dos seus representantes teria que ser o povo, o legítimo patrão. Infelizmente vivemos no país do futebol e do carnaval. Nossos vereadores sempre fizeram leis que casam com os interesses próprios e de sua corja. E o povo? O povo é apenas mais um detalhe! Com o novo reajuste salarial, cada vereador vai receber a bagatela de R$ 5.477,02, além das diárias, contas dos celulares e demais mordomias. Nos próximos dias eles deverão votar um novo aumento. A chamada “verba de gabinete” que vai garantir a cada um deles mais R$ 3 mil, já está no forno para ser votada. E ainda dizem que o “Zé vai rodar”. Brincadeira!

17 de fevereiro de 2011

Tropa de Elite

“Tropa de Elite” é um termo normalmente utilizado para designar unidades militares com treinamento excelente e armamento superior destinados a agir de forma decisiva em ações militares. São soldados especializados em contraterrorismo e vem ganhando respeito em grandes operações, principalmente em casos emergenciais. Geralmente esses profissionais estão concentrados em grandes metrópoles á serviço do Estado e da União. Pouca gente sabe, mas em João Monlevade existe uma “tropa de elite”. São “soldados” pagos com o dinheiro do povo, mas que nunca defenderam os direitos do povo. Eles são muito bem treinados para defenderem seus direitos, de seus familiares e de seus apadrinhados. São unidos e nunca divergem um do outro. Adoram os holofotes da imprensa, e sempre distribuem agrados á donos de jornais, emissoras de rádio e blogueiros que falam a mesma linguagem deles. Porém, caso algum profissional da imprensa passe a incomodá-los, a guerra está formada. Tão logo comecei a apresentar o Programa “Na Boca do Povo” pelas ondas da “Alternativa-FM”, tive a honra de ser procurado por alguns integrantes da “tropa de elite” monlevadense. Eles sempre agem dessa maneira para conhecer o terreno. O “soldado” Zezinho foi o primeiro a me procurar, apertar a minha mão e se colocar á disposição. Em seguida, o “soldado” Zezinho tentou agendar uma visita dos “soldados” Nasser e Diniz, que acabou não acontecendo depois do episódio da fisioterapeuta que deu o “calote” nos idosos. Um mês depois foi a vez da “soldado” Dulcinéia apertar a minha mão e conceder uma entrevista ao programa. Como o programa incomodava a “elite”, a “tropa” então se colocou em estado de alerta. Bateram pesado e foram até a capital do Brasil pedir a cabeça do apresentador do programa que representava um perigo para a nação. Depois de noventa dias de ação, o empenho da “tropa” foi coroado de êxito com o veredicto do deputado, dono da rádio, tirando o programa do ar. Mas a luta continuou! Vinte dias depois o programa estava sendo apresentado pela “Comunicativa-FM” para desespero da “tropa”. Depois de inúmeras ameaças e “fofoquinhas”, a “tropa de elite” partiu com tudo prá cima da prefeitura com o objetivo de acabar com o programa e expulsar o apresentador da cidade. O encontro da “tropa de elite” com o Poder Público Municipal aconteceu ontem, dia 16/02 no Paço Municipal, após o horário de expediente. Eufórica com o encontro, a “soldado” Dulcinéia já garantiu que “o Zé vai rodar!”

16 de fevereiro de 2011

Mera coincidência

“Era uma vez um lugar onde vivia um homem que sabia fazer muitas coisas, e por isso acumulou muitas posses. Este homem era chamado de PODEROSO. Viviam também neste lugar outras pessoas, mas havia um que para esta estória era especial. Seu nome era INCAPAZ. Ele era sapateiro, mas estava sem trabalho, e precisava dar comida aos seus quatro filhos. Foi então que teve a idéia de pedir dinheiro emprestado à PODEROSO, que sem pestanejar tirou do bolso três moedas e entregou a INCAPAZ. Passou-se algum tempo, e INCAPAZ não conseguia trabalho porque ficava horas sentado em sua oficina esperando alguém trazer um sapato para ele consertar. Seus filhos estavam com fome, e ele não viu saída a não ser pedir mais dinheiro á PODEROSO. Novamente PODEROSO esticou o braço dando a INCAPAZ mais quatro moedas. Algumas outras pessoas também precisavam de dinheiro, e lá iam pedir á PODEROSO, já que viram que INCAPAZ pedia e ele não recusava. E a cada dia que passava, PODEROSO ia emprestando mais e mais dinheiro ao povoado. E um dia percebera que emprestara dinheiro a todos os chefes de família que lá viviam, e por isso detinha todos em suas mãos. Achou que deveria ser o rei. E, se autoproclamou o rei daquele povoado e ninguém discordou porque temiam que ele não emprestasse mais dinheiro à eles. Diante da situação PODEROSO começou a gabar-se sem medo algum da reação do povo. Afinal de contas, ele era o PODEROSO e podia tudo! Mas um dia um homem chamado ESFORÇADO se deu conta de que não precisava pedir dinheiro á PODEROSO, o rei, se trabalhasse um pouquinho mais. E assim o fez. Conseguiu com um pouco de sacrifício não só pagar o que devia ao rei mas fazer algumas economias para ir embora daquele povoado dominado por PODEROSO, que por ter muitas posses mandava e desmandava a gosto. E algum tempo depois ESFORÇADO juntou sua mula, seus dois filhos e sua mulher, e no lombo de seu animal juntou suas poucas coisas e se foi, feliz, em busca de um novo lugar onde pudesse viver em paz. E algumas famílias presenciaram a sua partida, boquiabertos com a atitude de ESFORÇADO. Pensaram que também poderiam, com esforço, conseguirem se libertar de PODEROSO. E trabalharam. E aos poucos os habitantes daquele pequeno e cada vez mais vazio povoado partiam, com suas dívidas pagas, até que restaram apenas PODEROSO E INCAPAZ. “Como posso ser rei de um só homem, sua esposa e seus filhos?”, perguntava-se PODEROSO, sentado sobre todas as suas moedas de ouro. “Preciso fazer com que pelo menos este homem continue sendo meu súdito, pois se até ele se for, perderei meu reinado”, pensava PODEROSO, bolando uma maneira para que INCAPAZ não partisse como os outros. PODEROSO era um homem muito inteligente, sabia muitos ofícios que aprendeu de seu pai, que ficou rico e ensinou tudo o que sabia ao filho. Por outro lado, INCAPAZ não tinha mais como conseguir trabalho, não só porque não sabia fazer nada a não ser consertar sapatos e não havia mais ninguém para ter sapatos a remendar a não ser de sua família, como também não tinha vontade em aprender coisas novas. Mas algum tempo depois uma grande praga avassalou sua família, matando a todos os seus filhos e sua linda esposa. INCAPAZ estava só e triste. Foi procurar o rei, em busca de consolo. “PODEROSO, tu que és meu rei, consola-me! Minha família morreu, e agora estou só neste mundo!” Sem pensar duas vezes PODEROSO respondeu: “você não estás sós, pois enquanto eu existir ao teu lado, enquanto tu dependeres de mim também dependerei de vós, porque sem a sua presença não serei nem rei, nem rico, porque só sou rico porque tu és mais pobre que eu!” Qualquer semelhança será mera coincidência.

15 de fevereiro de 2011

Chute no Povo Católico

No dia 12 de outubro de 1995 a população católica brasileira assistiu aterrorizada a um episódio de intolerância religiosa quando o bispo Sérgio Von Helde, da Igreja Universal do Reino de Deus proferiu insultos verbais e físicos contra uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. O episódio que ficou conhecido como “chute na santa” provocou forte repercussão em grande parte da sociedade brasileira, contraindo assim um ar de guerra santa. Enquanto chutava a “santa”, o bispo dizia aos fiéis que aquela imagem “não passava de um ídolo de barro, feio, horrível e desgraçado”. Como o episódio ganhou destaque no mundo inteiro, a alta cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus tratou logo de afastar o bispo Von Helde, que foi imediatamente retirado do Brasil, cuja padroeira era justamente Nossa Senhora de Aparecida. Naquele ano, até os fiéis da IURD foram contra o bispo, sendo que muitos deles se afastaram da igreja após o “escândalo”. Em João Monlevade um fato semelhante aconteceu recentemente. Apesar de não ter chutado nenhuma imagem, o vereador Pastor Carlinhos, presidente do Legislativo monlevadense, tão logo foi empossado, mandou retirar um crucifixo que ficava na parede do plenário. O episódio chegou a contrariar alguns funcionários da Casa que reclamaram da atitude do pastor Carlinhos com outros vereadores. Apesar das reclamações o crucifixo não retornou ao seu lugar de origem, numa clara demonstração de autoritarismo do atual presidente com o aval dos demais vereadores. Já foi dito outras vezes que o pastor Carlinhos ainda não conseguiu estabelecer um parâmetro entre sua residência, sua igreja e a Câmara de Vereadores. Para ele, a Câmara continua sendo a extensão da sua casa e da sua igreja. É como se ele tivesse comprado tudo com seu dinheiro e não devesse nada a ninguém. O insulto cometido pelo Pastor Carlinhos contra o povo católico de João Monlevade é pior que o cometido pelo bispo Von Helde, pois, o bispo chutou a imagem da santa dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, enquanto o Pastor Carlinhos “chutou” os católicos dentro da Casa do Povo.

14 de fevereiro de 2011

Quem é "Doliris?"

 Uma marca de desodorante? Um analgésico? Um pássaro da fauna silvestre ou nova marca de cerveja mexicana que estaria invadindo o mercado? A não ser um seleto grupo, também denominado “panelinha”, dificilmente qualquer cidadão monlevadense saberia responder a pergunta. Não se sabe nada da “Doliris”, ou melhor, não se sabia nada sobre essa figura misteriosa que divide seu precioso tempo “cuidando” de seus negócios na capital mineira, no estado da Bahia e em João Monlevade. Se em João Monlevade sua verdadeira identidade está encoberta por um pseudônimo, para o TJMG – Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais o nome “Doliris” é quase familiar. “Doliris” também ficou famosa no Tribunal Regional Eleitoral durante as últimas eleições depois que o juiz Cangussu, da Comarca de João Monlevade enviou seu currículo para o TRE. Na 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, “Doliris” responde a nada menos que seis ações na Justiça por “Improbidade Administrativa” e “Enriquecimento Ilícito”. E ainda dizem que o Zé Geraldo é o rei dos processos! Voltando á nossa personagem “Doliris”, sua religião, se é quem tem, também é bastante questionada nos bastidores da política monlevadense. Dizem que ela acende uma vela prá Deus e outra para o Diabo sem nenhuma cerimônia ou constrangimento. Mas quando o assunto é futebol, “Doliris” já demonstrou que bate um verdadeiro bolão. Joga em qualquer posição e não tem time definido. Joga com a camisa vermelha, com a azul/amarela e até com a verde. Ela só não gosta de ficar na reserva. Quando a partida está truncada, ela não pensa duas vezes em ficar em cima do muro, claro. Como exímia conhecedora da chamada “boca de urna”, a nossa “Doliris” foi requisitada recentemente pelo Ministério Público para “palestrar” sobre o assunto no Fórum Milton Campos. Dizem que ela tirou de letra todas as perguntas do MP e ainda por cima, atolou um suplente de vereador e um policial que duvidaram da sua esperteza. Seus admiradores afirmam que ela é uma excelente “costureira”, e que já estaria costurando sua colcha de retalhos para ocupar a principal cadeira do Executivo Municipal em 2013. “Dinheiro é o que não falta”, garantem seus seguidores. Mas afinal de contas, quem é essa misteriosa e poderosa “Doliris?”

12 de fevereiro de 2011

Coronel "Carlinhos"

O que parecia impossível acontecer em nosso país nestes novos tempos de abertura política e de pleno exercício da democracia vem acontecendo de forma sistemática na Câmara Municipal de João Monlevade. Fazendo da Casa do Povo uma extensão da sua casa ou da sua igreja, o eventual ocupante da cadeira de presidente, “Coronel Carlinhos” implantou um mandonismo político que vem sendo exercido contra a população, onde não separa o público do privado. Diante de uma Câmara de Vereadores fraca, “Coronel Carlinhos” é quem decide tudo, controla tudo, inclusive até o que deve ser publicado ou não pela imprensa local. Durante a última Reunião Ordinária da Câmara, o “coronel” num ato de destempero e desequilíbrio emocional, usou os microfones para me atacar. Ele afirmou “não ter medo do Zé Geraldo do Espinhaço”, e que, “apesar das críticas do mesmo, vou construir um novo prédio para os vereadores”, afirmou em tom desafiador. A atitude do vereador não me surpreendeu em nada, até porque, seus atos como homem público demonstram que o mesmo não tem nenhuma aptidão para o cargo que exerce. Seu problema maior é pensar que pode exercer o seu “poder” de alienação sobre a imprensa, como tem feito com seus fiéis na igreja onde é idolatrado como “pastor”. Talvez essa “lavagem cerebral” que foi feita em seus fiéis possa contaminar alguns colegas de vereança e até alguns órgãos de imprensa, porém, dificilmente vai me atingir, pois sou vacinado e muito bem vacinado contra políticos dessa espécie. Como em sua igreja, já percebi que o senhor “coronel” exige aplauso irrestrito e bajulações da imprensa, coisa que não me proponho a fazer, até porque, jamais pedi um favor sequer ao senhor. Sobre sua linha de trabalho á frente do Legislativo monlevadense, confesso que tenho dúvidas, principalmente quando o senhor “coronel” fala em construir, aumentar e beneficiar seus colegas de vereança, deixando o povo, principalmente o mais carente e alienado á margem dessa sociedade hipócrita da qual o senhor faz parte, mas que é bancada e patrocinada pelo dinheiro desse mesmo povo sofrido. Apesar das ameaças, minha postura em nada vai mudar em relação á sua necessidade quase psicológica de silenciar a minha voz. Vou denunciar toda e qualquer desigualdade social, todos os abusos e tudo que ferir a honra e a dignidade do nosso povo. Quanto á sua colocação de que “não tem medo do Zé Geraldo do Espinhaço”, saiba que, somente quem engana, quem mente, quem rouba, e quem manipula para se perpetuar no poder, é que deve temer a imprensa.  

10 de fevereiro de 2011

CRUELDADE em nome do "AMOR"

“Eu me lembro... Eram 10 horas da manhã de 10 de fevereiro de 2010. Eu estava me preparando para tomar banho e ir para o trabalho quando o telefone tocou. O maldito telefone. Se eu pudesse voltar atrás... Eu não teria atendido aquele telefonema. Ainda hoje, quando o telefone toca, meu coração palpita. Não sei a notícia que virá após o “alô!”. Naquela manhã, o simples ato de atender ao telefone que tocava insistentemente, mudou toda minha vida. Mudou a vida de toda a minha família. Ainda posso ouvir a voz gritando “mentira, é mentira, é mentira”. Era a verdade mais cruel que já ouvi. Do outro lado da linha, Márcia, minha irmã, me informava aos prantos que a Polyanna havia sido assassinada pelo ex-marido. Após o momento de negação, de dizer que era mentira, eu esbravejei contra o Marcelo, autor daquele ato tão covarde. Eu disse que queria vê-lo morto! E no momento seguinte eu pedi a Nossa Senhora que nos ajudasse. Pedi a Ela que da mesma forma que Ela havia recebido seu filho todo machucado, todo ensangüentado, que recebesse a Poly e que pedisse a Deus que desse força a toda minha família. Pedi também pela família do Marcelo. Pedi por ele. Nossa Senhora me atendeu. Ela me amparou para que eu junto com minha irmã tomássemos as primeiras providências. Ela me amparou, me carregou no seu colo de mãe quando tive que reconhecer o corpo, quando vi o rosto lindo de Poly desfigurado pelas facadas. Ela me amparou no meio do tumulto que se formou no cemitério. Pessoas querendo chegar perto do caixão ávidas de ver as marcas da crueldade, marcas que foram perfeitamente encobertas pelo excelente trabalho da funerária, e eu tive que pedir, as essas pessoas, falar alto para que não amontoassem em cima de meu irmão e minha cunhada... Ela me amparou. Ela me ajudou a ver detalhes. Detalhes que só com os olhos de mãe de Nossa Senhora eu pude ver, eu pude pensar. Nós vivemos seis meses embolados, agarrados uns aos outros, digerindo nossa dor, amparados pelos amigos que se fizeram presentes. Agora faz um ano. Um ano em que lembramos de Poly todos os dias. Um ano  que a cada vez que passo em frente ao Magazine Luiza, meus olhos se turvam de tristeza pela sua falta. Um ano em que todas as vezes que uso o perfume que ela gostava seu filhinho de quatro anos diz: “ai o cheirinho de minha mãe Poly” ou então quando ele fica olhando pro céu ou até mesmo pega o celular e se põe a fotografar uma estrela, ele é um garoto super esperto, e quando a gente pergunta o que está fazendo, ele responde: “Estou olhando ou fotografando minha mãe Poly.” Sou catequista. E procuro seguir, viver o que prego, o que a Bíblia ensina, mas confesso que em vários momentos desejei que acontecesse um motim no presídio, desejei que o Marcelo tivesse tirado sua vida também. Peço a Deus perdão por estes pensamentos. Perdão é um processo contínuo. Eu oro a Deus que plante a semente do perdão em nossos corações. Mas não consigo esquecer a maravilhosa filha, maravilhosa sobrinha, maravilhosa mãe, maravilhosa irmã, maravilhosa amiga, maravilhosa prima, maravilhosa, inesquecível pessoa que era a Polyanna e que ele tirou de nosso convívio. Não consigo esquecer que o meu sobrinho não tem mais o colo da mãe, o peito da mãe, ele acabara de ser desmamado. Não consigo esquecer que Poly não acompanhará junto com todos nós o crescimento de seu lindo filho. O seu celular está em poder da polícia, mas fico imaginando qual foi sua última ligação? Ela tentou pedir socorro? Para quem foram seus últimos pensamentos? O que será que gostaria de nos falar e não teve tempo? Certamente nos pediria para cuidar do seu filho, mãe zelosa que era. Provavelmente pediria ao seu pai para ficar calmo. Pediria a sua mãe e seus irmãos e todos nós para não odiarmos, pois ela era, e é pura luz. Ela era só amor. E o autor de toda essa tristeza, está preso, mas muito em breve sairá e recomeçará sua vida. Poly não teve esta chance. E o autor dessa crueldade, pelo que sei, canta junto com seus colegas de cela que “a pena é longa, mas não é eterna.” E o autor dessa monstruosidade, foram dezoito facadas, fora os pequenos cortes nas mãos quando ela provavelmente tentou se defender. Cinco cortes profundos na região do rosto. Ele queria desfigurar o seu lindo rosto. Ele premeditou tudo. Dois dias antes, em uma roda de amigos ele disse que a mataria, pois não admitia a hipótese de vê-la com outro. Mas ele tinha várias namoradas, e pelo que nos consta, não sabemos se é verdade, cabe uma investigação, uma de suas namoradas de uma cidade próxima teve um filho dele em maio de 2010. Ele dava roupas da Poly para a namorada, e ainda queria que ela o aceitasse de volta? Eu acredito na Justiça de Deus e peço a Deus que ilumine os jurados que nem sei quem são, como também não sei quando será o julgamento, para que eles peçam pena máxima para esse assassino. Poly era “mignon”, tinha menos de 1,60m e pesava uns 48 quilos. Ele tem 1,89m e na época deveria pesar entre 75 e 80 quilos. Pura covardia. Ele teve tempo de arrepender-se. Ele poderia ter parado na primeira facada, mas foram dezoito e ouso dizer, contrariando tudo com ela presa no cinto. A primeira coisa que ela fazia ao entrar no carro era colocar o cinto de segurança. Ele a matou com requinte de crueldade. Como se ela fosse um cão, um gato, ele a colocou na beira da estrada pra acabar de morrer. Será que se ele a tivesse levado para o pronto socorro ela se salvaria? Por isso ao completar um ano do assassinato de Polyanna eu peço que divulguem para todo mundo, quem tiver acesso á mídia o faça, por favor. Precisamos impedir que estes canalhas continuem matando em nome do amor. Precisamos impedir que mais Polyannas, Elizas, Islaines, Mércias sejam sacrificadas em nome da vaidade desses bebês que se dizem homens e não sabem ouvir um não e que não aceitam serem rejeitados. Que Deus nos abençoe a todos!”Ângela Suely Barbosa.
 *Polyanna foi cruelmente assassinada com dezoito facadas pelo ex-marido Marcelo. O último golpe atingiu o pescoço da vítima. A  lâmina se partiu e ficou cravada no pescoço de Polyanna. Um dia antes do crime o casal esteve no Fórum Desembargador Drumond, em Itabira,  onde assinaram a separação.

9 de fevereiro de 2011

Figuras decorativas e vexaminosas

Nem bem começou o ano de 2011 e a Câmara Municipal de João Monlevade já conseguiu atrair os holofotes para seus ocupantes. Primeiro foi a decisão do presidente da Casa, vereador Pastor Carlinhos em investir algo em torno de R$ 2 milhões para construir um novo prédio e conseqüentemente oferecer mais conforto aos legítimos representantes do povo. Pouco depois, o mesmo Pastor Carlinhos virou notícia ao defender o pagamento da chamada “verba de gabinete” aos parlamentares, que aumentariam seus rendimentos em aproximadamente R$ 3 mil. Mais adiante, a Câmara Municipal ganhou destaque com a publicação dos gastos com telefone celular e diárias de viagem para os nobres edis. A notícia gerou desconforto nos bastidores da câmara. Agora vem a público que os vereadores de João Monlevade pretendem reajustar seus próprios salários em 11% já a partir do mês de março. Basta lembrar que o reajuste do salário mínimo foi de apenas 6,8%. Enquanto o salário mínimo passa de R$ 510 para R$ 545, o salário de um vereador de João Monlevade sobe de R$ 5mil para R$ 5.500,00. Mas pensando bem, será que “eles” valem o que ganham? Na realidade, prá que servem nossos vereadores? Na minha modesta opinião, com raríssimas exceções “eles” não servem prá NADA! A não ser para sugar o dinheiro público, usar o cargo como trampolim para outros mais altos e compactuar com políticos corruptos. Se você fizer uma análise profunda da atual legislatura de João Monlevade você ficará estarrecido com a inércia dos nossos representantes. Nos primeiros dois anos da atual legislatura pouco se votou naquela casa. A maioria dos projetos e indicações foram mudanças de nomes de ruas e títulos de cidadania honorária. UMA VERGONHA para essa “corja” (palavra do padre) de encostados, oportunistas, e “palhaços” que não passam de figuras decorativas e vexaminosas. Claro, com exceção, João Monlevade merecia coisa melhor!

7 de fevereiro de 2011

Violentada com um cabo de vassoura

Na semana passada  Marcos Antunes Trigueiro, também conhecido como o “Maníaco de Contagem”, condenado a 62 anos de cadeia por estupro seguido de morte, foi internado em um hospital de Belo Horizonte após ter o pulmão perfurado por um cabo de escova de dentes. O “crime” teria sido cometido por um colega de presídio durante o banho de sol. Antes mesmo de chegar ao hospital, o “maníaco” acusado de estuprar e matar três mulheres na região Metropolitana de BH já estava sendo aguardado por representantes dos Direitos Humanos. No último domingo, 06, o pequeno município de Ferros foi abalado por um crime bárbaro. Um jovem de 25 anos, conhecido como “Mestiço” invadiu uma residência no centro da cidade e, após esfaquear e espancar um idoso de 90 anos e sua acompanhante de 38, pegou um cabo de vassoura de limpar banheiro e introduziu, sem piedade alguma, no ânus da mulher. Os rostos das vítimas ficaram completamente desfigurados. Preso em sua residência, o acusado disse aos policiais que “estava sob efeito de drogas”. Tão logo chegou á delegacia, lá estavam eles, os representantes dos Direitos Humanos. Nos dois casos, não se tem notícia alguma de que esses representantes dos Direitos Humanos visitaram as famílias das vítimas. Provavelmente não tiveram tempo, pois certamente estão defendendo os direitos desses “nobres” assassinos dentro e fora das prisões. No caso do “Maníaco de Contagem”, uma das vítimas, após ser violentada sexualmente no banco traseiro do carro, na presença do filho, foi estrangulada com o cadarço do tênis do assassino. Em Ferros, o assassino após a crueldade cometida, ainda encontrou espaço e “rachou” a cabeça da mulher com golpes de ferro de passar roupas e quebrou o braço do idoso com chutes. Um representante dos Direitos Humanos ainda teve a ousadia de afirmar que “a sociedade ainda tem a falsa impressão de que os Direitos Humanos foram criados para defender bandidos.” Ai, eu passo mal!

5 de fevereiro de 2011

Não sou o dono do mundo...

Nos últimos dias, após levar ao conhecimento publico através do programa “Na Boca do Povo”, da rádio Comunicativa-FM, o desrespeito do Conselho Municipal de Transporte – CMT, para com a comunidade monlevadense, tenho recebido alguns telefonemas anônimos ameaçadores. Na última sexta-feira, 03, um cidadão anônimo ligou para a emissora em tom ameaçador e “exigiu” que eu me retratasse sobre as colocações que havia feito sobre o assunto. Procuro respeitar a todos, porém, não sou daqueles que costumam dar ouvidos á pessoas sem identidade. Penso que o indivíduo que se esconde atrás de um anonimato para fazer ameaças não merece crédito, pois não passa de um “covarde anônimo”. Também sei que não é preciso ter nenhuma bola de cristal e muito menos ser vidente para saber de onde partiu as ameaças, pois a carapuça deve ter encaixado sem nenhum esforço. Durante o programa cheguei a comentar que havia entendido a preocupação do vereador Sinval Dias, PSDB, em defender com unhas e dentes a Enscon Viação. Também afirmei que a esposa do nobre vereador além de ser funcionária da empresa de transporte coletivo, também pertencia á diretoria do Conselho Municipal de Transporte, CMT. Outra denúncia feita por mim e também pelo jornal “Bom Dia” foi uma declaração de uma ex-vereadora que garantia que a Enscon promovia churrascos e distribuía presentes entre os membros do CMT. Tão logo o assunto foi levado ao ar, inúmeras pessoas ligaram para o programa dando suas opiniões.  O objetivo do programa não foi polemizar e muito menos denegrir a imagem de ninguém, mas informar o ouvinte o que anda acontecendo entre quatro paredes na calada da noite monlevadense. Não tenho nada contra e nem a favor da Enscon, mas acho que o Conselho Municipal de Transporte tem o dever e a obrigação de trabalhar em prol da comunidade. Que me perdoem os “ofendidos”, mas jamais irei compactuar com pessoas ou entidades que tramam contra a sociedade. Meu compromisso é com o povo, e disso não abro mão. Doa a quem doer. Em relação ás ameaças, a única coisa que tenho a dizer é que: não sou o dono do mundo, mas sou filho do dono. Não tenho rabo preso e nem medo de VAGABUNDO nenhum!

3 de fevereiro de 2011

Câmara de Vereadores: "pior que tá não fica".

As doutrinas murcham, as utopias desaparecem, a alienação se expande e a política adotada pelos chamados “legítimos representantes do povo” se escancara para abrigar quem dela quer fazer uma profissão rentável. A avaliação dos “nossos” vereadores feita recentemente por um instituto pouco conhecido chegou ao fundo do poço perante a opinião pública. De acordo com a tal avaliação, todos os 10 ocupantes das cadeiras do Legislativo monlevadense foram reprovados. De acordo com os números, de 1 a 10, a nota dada pelo eleitor foi de 4,5. Não é preciso ser um bom entendedor de matemática para ver que os vereadores “tomaram bomba” nesses dois primeiros anos da atual legislatura. Lógico que eles ainda terão a oportunidade de uma repescagem nos próximos dois anos, porém, com a inércia que anda rondando aquela Casa legislativa, dois anos será muito pouco para qualquer tipo de mudança, e a tendência leva a crer que todos, sem exceção deverão ser reprovados nas urnas em 2012, caso o povo mantenha essa postura. Muitos vereadores estão intrigados com essa péssima avaliação, tanto é verdade, que o atual presidente Pastor Carlinhos prometeu “trabalhar” com afinco para tentar mudar a imagem daquele legislativo. Mas como mudar um sistema viciado? Como cortar regalias e mordomias numa Casa onde a ex-presidente gastou nada menos que R$ 2,4 mil com telefone celular pagos com o dinheiro do povo? Como mudar a cara de uma Casa do Povo onde uma vereadora do Partido dos Trabalhadores foi a campeã em recebimento de diárias de viagem. Como dar uma nova roupagem a uma Câmara de Vereadores onde seus ocupantes se sensibilizaram e até choraram abraçados a um vereador cuja mulher aplicou golpes em idosos? Como confiar em um legislativo que mantém em seus quadros dois vereadores cassados por propaganda ilegal e falsificação de documentos. Como acreditar numa instituição onde um vereador foi denunciado por envolvimento na chamada “Máfia do Lixo?”. Como esperar mudanças se o atual presidente defende com unhas e dentes mais mordomias para seus companheiros. Infelizmente a firula, os dribles desconcertantes no povo, as manobras espertas e os recursos extravagantes tem sido adotados sem nenhum escrúpulo por aqueles que deveriam dar o exemplo. Por isso, é que “pior que ta não fica”.

2 de fevereiro de 2011

O preto, o pobre, a puta e uma notícia

Quem nunca ouviu a expressão “que cadeia foi feita prá pobre, preto e puta?” Certamente você que está lendo esse artigo já deve ter ouvido isso! Num país onde quase tudo termina em pizza, digo quase tudo porque, para preto, pobre e puta não sobram pizza nem fria e nem dentro da cadeia, tudo tem sabor de impunidade. Um preto, um pobre ou uma puta tá com fome e resolve subtrair um pastel velho, xilindró neles! Se essa classe perdeu o emprego e não pagou a pensão alimentícia, xilindró neles! Se eles tomaram chifres, chaparam todas, discutiram com o vizinho e brigaram na rua, xilindró neles! Qualquer crime cometido por um deles, ninguém quer saber detalhes, como ocorreu e de quem foi a culpa. Eles já são logo jogados no camburão e rebocados para o xilindró e ponto final. Agora, se o crime não é praticado por essa raça, ai a coisa muda de figura. Se a mulher do vereador rouba os idosos, eles alegam que ela não teve a intenção, foi tudo fruto da imaginação da oposição. Se o ex-prefeito resolve doar o patrimônio público para amigos, nada disso é verdade, foi apenas um mal entendido. Se o dono de um jornal resolve se apoderar de um imóvel público, coitadinho, ele está sofrendo perseguição por parte de um grupo que não gosta dele. Se um deputado emite notas frias, ele tem a vida inteira para provar a sua inocência, e não vai para a cadeia. Se o dono de uma gráfica resolve peitar uma decisão judicial, ele é forte e tem bons advogados. Se uma vereadora é acusada de comprar votos, coitada, ela foi mal interpretada. Somos um país onde as leis não são frutos de estudos, estatísticas e nem pesquisas. Somos o país das leis criadas para atender um segmento da sociedade, o segmento dos poderosos. Somos um pais formado, na grande maioria por uma massa de burros e hipócritas que ainda bate palmas para um ex-prefeito ladrão e corrupto e um empresário que insiste em se apoderar de um patrimônio público.

1 de fevereiro de 2011

Voce decide

 Afinal de contas, qual é o objetivo principal do Conselho Municipal de Transportes? Fiscalizar o andamento do transporte coletivo proporcionando um serviço de qualidade ao usuário ou defender os direitos da empresa exploradora dos serviços? Nos últimos dias o povo de João Monlevade assistiu de perto uma verdadeira “queda de braço” entre o governo Municipal e a Enscon Transportes. A empresa queria reajustar a tarifa passando de R$ 2,50 para R$ 3,00. O governo Prandini por sua vez sinalizava contra qualquer reajuste tarifário. Para solucionar o impasse o Conselho Municipal de Transportes foi acionado para se posicionar. Dentro do próprio governo a maioria apostava que o CMT também se posicionaria contra o reajuste, até porque, as reclamações dos usuários eram constantes naquele setor. Isso sem falar no parecer do Ministério Público local que encontrou indício de irregularidade na licitação vencida pela Enscon no governo do ex-prefeito Carlos Moreira, inclusive com a possibilidade de cancelamento do atual contrato. Ledo engano! Numa postura que levantou suspeita de “conchavos e maracutaias”, o órgão enviou ao prefeito Gustavo Prandini sugestão para que o reajuste em média de 11,5% fosse concedido á empresa. Surpreso com o posicionamento do Conselho Municipal de Transportes, Prandini simplesmente ignorou a sugestão e decretou o congelamento nos preços das passagens. A surpresa maior viria mais tarde. Numa clara demonstração de estar “comprometido” até o pescoço com os interesses da Enscon, o presidente do CMT, senhor Jorge Lial, classificou a decisão do prefeito como “ridícula”. O presidente foi ainda mais longe: “Isso é injusto! O prefeito Gustavo Prandini deve respeitar o contrato firmado entre o Executivo e a Enscon e que o equilíbrio financeiro do transporte coletivo está previsto na Lei Orgânica”, reagiu o defensor da empresa que prometeu buscar apoio junto á Câmara de Vereadores para derrubar o decreto do prefeito congelando a tarifa. Pelo visto o abacaxi vai parar nas mãos dos “pobres” vereadores. Se eles se posicionarem a favor da empresa o preço poderá ser alto nas próximas eleições. Se os nobres edis decidirem ficar com o povo, fatalmente a grana será curta nas próximas eleições. E ai, você decide!