23 de fevereiro de 2011

Prepotência e arrogância de um semi-deus

Há mais de trinta anos militando na imprensa e há quase vinte freqüentando o banco dos réus, nunca havia presenciado algo tão estarrecedor como presenciei durante audiência no Fórum Milton Campos, em João Monlevade. Sem tecer muitos comentários, se o episódio tivesse acontecido em qualquer outra comarca, certamente alguém deixaria o local algemado direto para o Xilindró. Confesso que fiquei assustado com a prepotência e a arrogância daquele que me acionou na Justiça. De cabeça erguida e ar de superioridade, o dito cujo, dotado de poderes extraordinários, só faltou tomar o lugar da juíza e me condenar sem sequer me dar o direito de defesa. Como um semi-deus, o meu algoz não respeitou nem mesmo o seu advogado. Nervoso e agitado, á todo instante ele confabulava ao ouvido do seu representante, como se o seu advogado não estivesse preparado para defendê-lo. Sua atitude deixava uma certa dúvida no ar: afinal de contas, quem seria o advogado e quem seria o cliente? Fui interrompido várias vezes durante o meu depoimento. Cheguei ao ponto de solicitar á juíza que tomasse providência contra aquele senhor, que a todo o momento rosnava me chamando de “réu confesso” e “mentiroso”. Confirmei tudo aquilo que havia dito ao jornal Bom Dia. Não tinha motivos para mentir, nem para tremer nas bases e muito menos para me exaltar com as perguntas que me eram feitas. Tão logo terminou a oitiva, a juíza tentou argumentar que ambos, o “acusado” e o “acusador” perderam uma excelente oportunidade para a reconciliação. Foi o suficiente para que o semi-deus trepasse nas tamancas e descarregasse ali, na frente da juíza toda sua fúria e desequilíbrio, que não combinam bem com as atitudes de uma pessoa que se diz “conciliadora” e “sensata”. Quando tudo parecia contornado, a juíza opinou sobre o comportamento da imprensa, alegando que os órgãos de imprensa de João Monlevade “usam seus espaços para lavar roupa suja, e não prestam um bom serviço para a comunidade.” Pronto, aquela colocação da juíza foi o suficiente para colocar nas alturas a “diabete” do semi-deus. Arrogante, prepotente e mal educado, o “cidadão monlevadense” bateu na mesa, e desafiou a juíza, alegando que tem “mais de 60 anos e o seu jornal jamais atacou alguém”, disse isso sem pelo menos ficar vermelho! Aproveitando a deixa, e sem citar nomes, a juíza criticou também as “três emissoras” de rádio local, afirmando que todas elas também são usadas para lavar roupa suja. Para quebrar o clima tenso criado pelo seu cliente, o advogado do mesmo arriscou um palpite dizendo que sua emissora de rádio preferida seria a Guarani de BH. Voltando á audiência, o semi-deus deixou claro que não vai abrir mão da indenização de R$ 20.400,00 que pleiteia na Justiça por “danos morais” contra sua pessoa. Ele também mentiu afirmando que “seu jornal nunca foi acionado na Justiça por danos morais”. O desfecho dessa ação de “reparação de danos morais” deverá acontecer nos próximos dias. É só aguardar!
 

Um comentário:

  1. Atitude própria do rapadureiro, que há muitos anos é bajulado por alguns membros da imprensa local.

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