24 de novembro de 2010

Sem Teto e sem Carro

Incrível como a lei do retorno é infalível! Aqui se faz...aqui se paga! Quando iniciei a minha caminhada na imprensa falada de João Monlevade, através dos microfones da Alternativa-FM, fui várias vezes advertido pelos diretores porque havia tecido “comentários maldosos”, á respeito do todo poderoso MMPassos. “Vê se pega leve aí com o pica-pau Zé. Ele ligou para o deputado e reclamou de você”, alertava sempre um dos dirigentes da emissora. Em apenas dois meses de trabalho na Alternativa, o fato se repetiu no mínimo quatro vezes. Sempre que eu citava o nome do bacana, ou mesmo da corja, eu já podia esperar as reclamações no dia seguinte. Faltando cerca de 15 dias para o término do meu contrato com a emissora, e com a possibilidade de uma renovação, fui novamente alertado: “...o moço procurou novamente o deputado para reclamar de você. Ele alegou para o chefe que a sua permanência na emissora iria dificultar um possível apoio político ao filho do Santana que disputaria uma cadeira na Câmara dos Deputados”. Coincidência ou não, na semana seguinte o então candidato Bernardo Santana, a Dorinha Machado e seu marido “Machadão”, estiveram reunidos em uma sala no prédio onde funciona a Rádio Alternativa-FM. Na semana seguinte, fui informado que meu contrato não seria renovado por exigência de um grupo político do município que se sentia “ameaçado” pelas abordagens do programa “Na Boca do Povo”. Em conversa via telefone com um jornalista itabirano, o deputado José Santana de Vasconcelos, proprietário da Alternativa-FM, foi categórico: “...recebi várias reclamações de políticos da cidade, dentre eles o Márcio Passos contra o programa do rapaz. Sei que o programa aumentou a audiência da rádio, mas não quero mais dor de cabeça pro meu lado”, enfatizou o deputado. Tão logo conseguiu seu objetivo, o todo poderoso MMPassos também começou uma campanha suja e desonesta para que eu deixasse a cidade.Chegou a usar fotos de um encontro durante um jogo da Seleção Brasileira, onde fui fotografado ao lado do prefeito Gustavo Prandini, para desmerecer a minha pessoa junto ao chefe do Poder Executivo. Mais tarde, ajuizou uma ação na Justiça contra a minha pessoa, exigindo uma indenização de R$ 20.400,00, á título de danos morais, por causa de umas verdades que disse ao jornal Bom Dia. Pois bem, não movi uma palha contra esse cidadão, apesar de conhecer e vivenciar toda sua trajetória no submundo da política. Ele chiou quando eu o classifiquei de “câncer da política”. Eu continuo com esse mesmo pensamento. Ao vê-lo com cara de coitado se dizendo “perseguido” pela atual administração, confesso que acabo de descobri mais uma virtude sua. Sem dúvida alguma, ele é um grande ator que deveria ser contratado pela Globo. Sem muito esforço ele consegue deixar a arrogância e a prepotência de lado e se vestir de bonzinho. Cheguei a sentir pena dele quando ele se auto-denominou “sem teto”. Se até ontem sua maior preocupação era calçar a sandália da humildade e mendigar ajuda dos “poderosos” da cidade para que não tomassem a sua “Nina”, hoje, sua preocupação aumentou. Uma decisão judicial de Belo Horizonte deu ganho de causa a uma jornalista que teria sido ofendida pelo senhor MMPassos. De acordo com informações da tal jornalista, a Justiça teria determinado a apreensão do veículo do senhor Passos em favor da jornalista. Agora ele é um “sem teto” e “sem carro”. Enquanto eu continuo em João Monlevade na Comunicativa-FM, a melhor emissora de rádio da cidade. Posso andar de cabeça erguida pela cidade, até porque, não estou tentando me apoderar de nada que não me pertence. Enquanto ele, jamais vai poder dizer o mesmo. Como se vê, aqui se faz...aqui se paga!

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