26 de novembro de 2010

O Grande Picadeiro

A Câmara de Vereadores de João Monlevade se transformou num verdadeiro picadeiro na última quarta-feira, 24. Denominada “Casa do Povo”, o suntuoso recinto que patrocina mordomias com o dinheiro do contribuinte para manter seus ocupantes, deixou de cumprir o seu principal papel que é criar e votar leis de interesse da comunidade. Usando a chamada “Tribuna Popular”, um cidadão foi reclamar que estão depositando lixo no Parque do Areão. Mais perdido que calcinha em noite de lua de mel, o cidadão questionou uma verba que o Executivo Municipal pretende investir naquela área de preservação ambiental. Ao mesmo tempo em que questiona um “abandono” do local, o denunciante se diz contra o investimento, pelo fato da Prefeitura não ter ainda o Licenciamento Ambiental. Confesso que não entendi “nadica de nada” do moço que foi chamado de “ambientalista”. Como eu, alguns vereadores também não entenderam “bulufas”, mas aplaudiram o rapaz pelo simples fato do mesmo criticar o Governo Prandini. Sem projetos relevantes, os legítimos representantes do povo, principalmente os oposicionistas, aguardavam ansiosos o segundo orador que faria uso da “Tribuna Popular”. Assim que foi anunciada a presença do senhor Márcio Magno Passos, alguns vereadores, dentre eles o Guilherme Nasser e o Zezinho Despachante quase chegaram ao êxtase. Falando pausadamente e com a voz engasgada, que mais parecia com a saudosa Dercy Gonçalves, o dono do A Notícia só faltou chorar diante dos vereadores e do pequeno público presente. Um verdadeiro circo, digno de causar inveja até no Beto Carreiro. MMPassos usou a Casa do Povo para tentar garantir prá si próprio um espaço do povo, que vem ocupando irregularmente desde 2008. Sem nenhum constrangimento o dono do A Notícia quis mostrar aos vereadores que “estava sendo perseguido pelo prefeito Gustavo Prandini”. Como se não bastasse, ele apelou para o lado emocional, dizendo que as suas filhas, estariam sendo perseguidas pelo atual governo. Falou em censura econômica, censura editorial e censura de expressão. Só não falou em entregar o imóvel do povo como determinou a Justiça. Prometeu brigar, e muito, para permanecer instalado no imóvel público. Após o seu pronunciamento fúnebre, MMPassos, que esperava o apoio de todos os vereadores que estavam presentes, teve que se contentar com o apoio do Guilherme Nasser; do Sinval Dias e do Zezinho Despachante, que até hoje não se definiu politicamente. Infelizmente, o local onde deveria votar projetos de interesse do povo foi palco de mais um espetáculo circense. Uma pena!

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