10 de novembro de 2010

Com a "corja" no pescoço

Defender o povo ou defender a “corja”? Eis a questão. Antes de entrar no assunto em pauta, devo salientar, até mesmo para minha segurança, uma vez que se instalou em João Monlevade uma verdadeira fábrica de processos, onde um grupo que foi chutado do poder tem tentado na justiça polpudas quantias em dinheiro á título de “reparação por danos morais”. Para se ter uma idéia, recentemente, fui acionado judicialmente onde o requerente pleiteia a bagatela de R$ 20.400,00 por ter a sua honra colocada em dúvida. Mas isso é caso de Justiça. Prá quem ainda não sabe, corja significa bando de gente desprezível, canalha. É um substantivo feminino, singular. Significa ainda, conjunto de pessoas desprezíveis; de má nota; súcia; malta; cujo plural é corjas. O sinônimo da palavra é escumalha; escória; gentalha; plebe; ralé. Recentemente um blogueiro de João Monlevade taxou de corja a maioria dos políticos do Distrito Federal. Já um conceituado pároco, também de Monlevade, afirmou categoricamente que o município tem um bando de corja. Amanhã, quarta-feira, 10, um grupo de quatro vereadores liderados pelo tucano Guilherme Nasser tem uma difícil missão no Legislativo monlevadense. Eles tentarão derrubar um projeto do Executivo que visa vender alguns terrenos do município. Esses terrenos foram doados ilegalmente pelo ex-prefeito Carlos Moreira, que simplesmente “presenteou” alguns amigos seus com áreas públicas. Para reparar o erro, após a reintegração de posse feita pela Justiça, o prefeito Gustavo Prandini pretende vender essas áreas e usar o que for arrecadado pra investir em infra-estrutura e aquisição de imóveis em benefício de toda a comunidade. Na realidade, o vereador Guilherme Nasser e seus aliados não estão muito preocupados com o tal projeto não. O temor maior, é que, futuramente a Justiça deverá determinar a reintegração de posse também de um terreno onde foi plantado o parque gráfico do jornal “A Notícia”. Esse terreno que pertence ao povo de João Monlevade, também foi doado pelo Carlos Moreira aos eventuais ocupantes do local. Se o Guilherme Nasser e sua turma votar contra o projeto do prefeito, ele estará cavando a sua própria sepultura perante a opinião pública. Se num momento de lucidez ele votar favorável ao projeto, ele fatalmente será crucificado pela “corja”, palavra do padre. Pelo visto, a noite será longa e aterrorizante para o vereador tucano e seus seguidores, que, querendo ou não, estão com a “corja” no pescoço.

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