23 de novembro de 2010

Elas precisam é de um amante

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são essas últimas as que jogam pedras, se desesperam e sempre se acham vítimas. São as verdadeiras “vítimas” da perseguição política. Quando estão de bem com a vida, elas atacam, denigrem, caluniam e se sentem as verdadeiras “damas da verdade”. Quando estão em crise, ficam tristes ou apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores. Elas se sentem monótonas, perseguidas, sem teto e sem perspectivas de vida. No linguajar delas, a depressão é inevitável. Reúnem-se com os “amigos”, com o deputado, com o sacerdote, com a dama da noite, com o dono do posto de gasolina, com o dono da casa de carteado e até com um ex-político drogado. O dono da farmácia receita um antidepressivo do momento. Analisando a situação atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum antidepressivo; digo sem medo de errar que elas precisam mesmo é de um AMANTE! Pode parecer crueldade da minha parte, principalmente num momento conturbado como este, mas eu explico o seguinte. AMANTE é tudo aquilo que nos apaixona. É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, ás vezes, nos impede de dormir. AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece á nossa volta. Por exemplo: perdeu aquele precioso brinquedinho que você ganhou daquele político da voz de veludo? Não se desespere. Quem sabe amanhã você não consegue comprar um outro novinho em folha, e com o suor do seu trabalho? Tudo é questão de acreditar em si mesmo, e não ficar se apoderando das coisas alheias. Voltando ao sentido dos AMANTES, ás vezes encontramos o nosso AMANTE em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações indescritíveis. Exemplo? Nos deputados, senadores, donos de rádio, donos de jornais, nos ex-prefeitos, na mulher do ex-deputado, e até numa simples fábrica de fazer NOTÍCIA. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho quando é vocacional, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa de pôquer, no franguinho com quiabo na fazenda daquela autoridade, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar” a vida e nos afasta do triste destino de “durar”. E o que é “durar”? Durar é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, principalmente o prefeito que tomou o nosso pirulito ou rapadura. Durar é se deixar dominar é perambular por consultórios por causa daquele diabete maldito ou daquele bico-de-papagaio insuportável. É tomar remédios multicoloridos e afastar-se do que é gratificante. É observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra. É a preocupação com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva. Durar é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo contentar-se com a incerta e frágil sugestão de que talvez possamos fazer amanhã. Por favor, não se empenhe em “durar”, procure um AMANTE, seja também um amante e um protagonista...da vida. Pense que o trágico não é perder o seu teto, o seu brinquedinho de fazer NOTÍCIA, o trágico é perder a vergonha na cara e se fazer de vítima. Enquanto isso, e sem mais delongas, procurem um AMANTE...A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental: “Para se estar satisfeito, ativo e sentir-se feliz, é preciso namorar a vida. Por isso, vai aqui um conselho para as “Meninas do Deputado”: Arrumem um AMANTE!

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