25 de dezembro de 2011

Eu sou assim

Eu nunca trocaria a minha profissão, os meus 161 processos na Justiça as minhas dores de cabeça no final do mês e o meu jeito errado de ser por menos cabelos brancos ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo tornei-me mais amável para mim e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo, meu cúmplice, meu confidente nas coisas do coração. Não me censuro por falar mal de político e nem por fazer o convencional. Políticos são todos iguais e o convencional sempre acaba virando rotina. Eu me dou o direito de ser como sou sem ter que justificar um ou tantos erros já cometidos e os que ainda vou cometer antes de embarcar para um outro plano. Vi muitos parentes queridos deixar esse mundo muito cedo, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar até as 4 da manhã preparando minhas cobranças dos agentes políticos e dormir até o meio dia? Se por acaso eu resolver dançar ao som daqueles sucessos maravilhosos do Roberto Carlos e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido, eu vou chorar! Sei que as vezes sou esquecido, mas existem coisas nessa vida que devem ser esquecidas, e muitas vezes não conseguimos esquecê-las. Corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu por amor é imaculado, estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. Sou abençoado pelo que sou, pelo que faço e pelos meus erros e acertos. Conquistei o direito de ser errado. Sei que não vou viver para sempre, mas enquanto estiver aqui, eu não vou perder o meu tempo lamentando o que poderia ter feito ou me preocupar com o amanhã pois, o amanhã não existe. Certo?

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