8 de maio de 2011

Pobre Anônimo

Tenho recebido inúmeros comentários “anônimos” nesse espaço democrático. A maioria deles atacando, denegrindo e achincalhando a honra de pessoas. Muitas vezes os comentários nada têm a ver com a matéria postada. Não sou contra esses anônimos, acho que cada cidadão tem o direito de criar uma identidade ou viver no anonimato e passar pela vida sem deixar rastros. É uma opção de cada um. Ele pode ser o grito de uma multidão calada ou se misturar a ela e passar desapercebido. Geralmente o anônimo, com todo respeito que tenho por eles, é um ser fragmentado e fragilizado. Não tem princípios, e nem linha ideológica. É apenas um náufrago tentando segurar-se em alguma tábua á deriva. Não tem identidade e nem confiança em si mesmo. Deste vazio existencial vem sempre o sofrimento, a constatação de que ele não passa de um mero e insignificante objeto, que caso desapareça, a máquina social se encarrega de fabricar alguém ou algo, igualzinho ao que se foi. Mas não é só isso. Com o passar do tempo o anônimo começa a despertar em si mesmo a descrença e um enorme desejo de mudança, de construir-se, de fazer parte ou pertencer á alguma coisa. Ai meu amigo, já será muito tarde, pois o tempo não perdoa as atitudes insanas, irresponsáveis e covardes desses pobres anônimos que não criam, e não pensam, apenas obdecem!

Um comentário:

  1. Ótimo texto.

    Que os anônimos, ao lerem a postagem, repensem seu posicionamento diante da miséria humana que são e da verborreia que dilatam por onde passam. Esses não dizem ao que vieram, tão somente defecam pela boca.

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