20 de setembro de 2012

"Margarida" na UTI e imprensa calada - Parte II



Como vimos no capítulo anterior o Hospital Margarida após passar para o controle do Carlos Moreira e seus seguidores afundou numa crise sem precedentes. Tal crise se agravou com a demissão de Eder Pinheiro e Marcos Antônio que não concordavam com a politicagem implantada pelo Carlos Moreira naquela unidade de saúde. A Rádio Cultura fechou a porta para o povo, enquanto os donos de jornais eram patrocinados pelo governo e não se atreviam a tecer críticas contra o “chefe” Moreira. Em julho de 2005 a dupla Mauri & Moreira conseguem junto a Governo do Estado uma verba de R$ 1.000.000,00 (Hum milhão) para as obras do tão sonhado Hospital Santa Madalena. Moreira queria homenagear sua mãe com a construção do hospital que levaria seu nome! Em janeiro do ano seguinte a comunidade monlevadense se une para tentar salvar o Hospital Margarida que já havia sido abandonado pelo Prefeito Carlos Moreira. Em algumas reuniões ocorridas entre a Belgo e representantes da comunidade, a empresa acusa o grupo do Moreira de serem os únicos responsáveis pela crise que se instalou no Margarida, uma vez que, “em 2004 o hospital foi entregue á comunidade saneado e sem dívidas”. Em março de 2006 numa nova manobra da dupla “M&M”, junto ao Governo Lula, a Prefeitura de João Monlevade recebe mais R$ 11.000.000,00 para a construção do Hospital Santa Madalena e para o funcionamento do Pronto Socorro. Com dinheiro em caixa e nadando de braçadas, Moreira resolve entregar a direção do Hospital Margarida ao fiel escudeiro Lucien Marque. Sua primeira medida á frente do Margarida foi anunciar a redução dos leitos para o SUS, deixando em pânico a população que não tinha Plano de Saúde. “Quem procurava atendimento e não tinha plano de saúde era orientado a procurar os postos  médicos e o Pronto Atendimento, que nunca tinham médicos”, afirmou um ex-diretor do hospital. Ainda em agosto de 2006 o novo provedor Lucien Marques recebeu um “reforço de caixa” do Governo do Estado, na ordem de R$ 460.000,00. Mas a crise continuava! Em outubro de 2006 lideranças comunitárias e entidades procuram ajuda para mais uma vez salvar o Margarida. Belgo e Vale doam R$ 1.500.000,00 (Hum milhão e quinhentos mil) e mais uma vez sai do vermelho. Apesar do investimento da Vale e da Belgo, o Hospital Margarida continua não atendendo os pacientes do SUS. Em 2007 Lucien recebe mais R$ 468.000,00 do “Pró-Hospital”. Em março daquele ano o provedor Lucien Marques anuncia a construção de um novo CTI, e ao mesmo tempo seu nome é anunciado como pré-candidato a Prefeito de João Monlevade pelo grupo do Carlos Moreira e do Mauri Torres. Curiosamente, o Governo do Estado abre os cofres e coloca nas mãos do Lucien mais R$ 1.400.000,00. Muito benevolente, a Câmara de Vereadores subordinada ao Carlos Moreira também repassa mais R$ 750.000,00 para o provedor Lucien. Ufa, é dinheiro que nem ladrão consegue contar. E tem muito mais! Aguarde!

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