O radialista e o traficante

Prestes a completar um mês da condenação de prisão do radialista e ex-prefeito Carlos Moreira, PSDB, a Rádio Cultura-AM, empresa do grupo do ex-deputado estadual, e atual “Conselheiro” do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Mauri Torres, ainda deve uma satisfação ao seu ouvinte. A emissora que se propôs a levar até o ouvinte os fatos que são notícias no Município, no Estado, no Brasil e no Mundo, simplesmente ignorou a condenação de prisão de seu “âncora” como se a notícia fosse relevante. Ao tomar essa atitude para “blindar” um possível pré-candidato a prefeito da cidade, a Rádio Cultura simplesmente demonstrou que não tem compromisso e nem respeito para com seus ouvintes. Tentar tapar o sol com a peneira e preservar a imagem de um cidadão que responde a mais de 18 processos na Justiça por supostas “falcatruas”, é o mesmo que ignorar a prisão em flagrante feita pela polícia de um traficante vendendo cocaína na porta da escola. Que moral tem esse “radialista” para cobrar do atual governo a melhoria na educação, se esse mesmo “radialista” foi condenado á prisão por desviar dinheiro dessa mesma educação para patrocinar festa de formatura do sobrinho? Como engolir as falas desse “radialista” quando ele cobra “transparência” do atual governo, se ele mesmo doou, na calada da noite, imóveis públicos em troca de marqueting político. Como dar ouvidos a um “radialista” que foi conivente e fez vista grossa com o desaparecimento de 11 computadores, um veículo, 5 mil vales transporte, um microfone, etc. etc. etc... É inaceitável que um “profissional” do rádio tenha a cara-de-pau de sentar no seu rabo prá falar do rabo dos outros. Felizmente a Justiça baniu por um bom tempo esse cidadão da política local, resta agora, a tão conceituada Rádio Cultura dar uma explicação aos seus ouvintes sob pena de cair de vez no descrédito popular. Enquanto isso não acontece, o Moreira continua “manso igual a filhote de ganso”.