23 de novembro de 2011

Fiscal do asfalto

Hoje pela manhã, bem cedo, fui acionado pelo celular por um dos milhares de “Barbosinhas” espalhados por João Monlevade e região. Como sempre, o informante queria relatar algo de “extraordinário” que estaria acontecendo na calada da noite ou mesmo em algum ponto da cidade. Depois de ouvir a “denúncia” me desloquei até o ponto indicado e, confesso, fiquei surpreso com a cena. Debaixo de chuva e amparados por um guarda-chuva velho, dois indivíduos coletava pequenos fragmentos de asfalto que havia sido colocado recentemente naquela via. O indivíduo de pequena estatura, cor clara e uma barriguinha saliente, além de medir a espessura da massa asfáltica, também fazia questão de fotografar e fazer anotações em um pedaço de papel. Seu ajudante, indivíduo magro e alto, de cor morena, era o responsável pelo armazenamento do material coletado. Fiquei alguns minutos, de longe, observando aquela cena curiosa. Algumas pessoas que passavam pelo local também demonstraram uma certa curiosidade, até porque, dificilmente algum funcionário da empresa contratada para a pavimentação asfáltica das ruas da cidade iriam medir, fiscalizar, fotografar e colher o material para uma futura análise debaixo de chuva. Certamente a secretaria Municipal de Obras também não faria o serviço naquela hora e com aquela condição climática.  Ao perceber um aglomerado de curiosos, os bacanas entraram numa caminhonete cinza, tipo pampa, e se mandaram, deixando todos, inclusive eu, com cara de babaca diante do mistério. Por volta das 10h, pelos microfones da rádio do deputado veio a explicação. Um repórter da emissora entrou no ar e começou a detonar as obras de asfaltamento que a prefeitura está realizando nas ruas da cidade. Dando a entender que conhece tudo sobre asfalto, o repórter garantiu que o material usado é de péssima qualidade e que as ruas que receberam o recapeamento já estão tomadas de buracos. Então tá explicado!!!


Nenhum comentário:

Postar um comentário