27 de setembro de 2011

Sobrinha do prefeito é condenada a 26 anos de cadeia

Motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa! Com esses agravantes a doméstica Daniela Carla Coelho Silva, 29 anos, sobrinha do prefeito de Itabira, João Izael Querino Coelho, foi condenada a 26 anos e 6 meses de cadeia por homicídio qualificado e tentativa de ocultação de cadáver. Daniela é acusada de matar a própria mãe, Luíza Aparecida Coelho Silva, em 2009, com a ajuda de seu companheiro Adriano Batista Macedo, que também foi condenado há 25 anos e 6 meses. Com mais de 15 horas de julgamento, a sentença foi lida pelo juiz Pedro Câmara por volta de 1h dessa madrugada de terça-feira, 27. O crime aconteceu dentro da residência da filha quando Luíza Aparecida tentava apartar uma briga do casal. De acordo com a polícia, a vítima foi esganada e teve o corpo queimado. Três dias após o crime, Daniela procurou a polícia e confessou ter matado a mãe. Durante as investigações Daniela voltou atrás e afirmou que o crime foi cometido pelo companheiro Adriano Batista, que era traficante de drogas. A filha também confessou que o casal ateou fogo no corpo de Luíza e pretendia “concretá-lo” em uma parede falsa do barraco em que moravam no bairro Eldorado, em Itabira. A filha do casal, uma garota de 4 anos teria presenciado o assassinato da avó. Um laudo médico apresentado pelo promotor César Augusto apontava que a criança, após a morte da avó, apresentava “retardo nas falas e, várias vezes pronunciava a palavra fogo”. Um dia após o crime, Adriano foi preso pela Polícia Militar por porte ilegal de arma de fogo. De acordo com os relatos do promotor, Luíza Aparecida Coelho Silva ainda estaria “viva” quando teve o corpo incendiado pela filha e pelo genro. “O objetivo dos assassinos era queimar o corpo para reduzi-lo ao máximo, e assim, facilitar na hora de concretá-lo na parede”, afirmou César Augusto. Os advogados Willian Mendes e José Vital da Silva que defenderam os réus prometeram recorrer da sentença. 


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