Idoneidade Moral e Reputação Ilibada

Sem formação superior, o deputado estadual Mauri Torres, PSDB, deverá ocupar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE) deixada pelo conselheiro Elmo Bras que se aposentou. Considerado um dos cargos mais cobiçados do funcionalismo público mineiro, sem necessidade de concurso, dá ao titular salário e prerrogativas de desembargador, além de um emprego vitalício. Além de um salário inicial de R$ 24.117,62, o conselheiro também tem foro privilegiado e todas as prerrogativas de desembargador de Justiça, como carro oficial e funcionários comissionados de gabinete. A função do conselheiro é fiscalizar as contas do estado e dos 853 municípios mineiros. Para ocupar a vaga, o tucano Mauri Torres vai precisar da aprovação de 39 deputados no plenário. Mero Detalhe: o candidato á vaga precisa ter entre 35 e 65 anos de idade, "idoneidade moral" e "reputação ilibada", além de notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, financeiros ou de administração pública, comprovados com mais de 10 anos no exercício de função que exija os conhecimentos pedidos. O único concorrente á vaga pleiteada pelo tucano, o deputado Doutor Viana, DEM, anunciou que vai retirar a candidatura em favor do colega. Será que os "colegas" que irão sabatinar o deputado Mauri Torres ainda se lembram do escândalo das "notas frias e daquele luxuoso na apartamento na Pampulha" que até hoje foi mal explicado pelo tucano?