9 de junho de 2011

No Reino da Impunidade

Num lugar muito, mas muito distante de tudo que se pode imaginar em termos de justiça, vive um “príncipe” muito esperto. De olho na “botija” de uma jovem princesa, o nosso personagem resolveu se casar e construir sua fortuna. Muito bem, essa história poderia continuar como um conto de fadas, mas não podemos transferir uma realidade em conto de fadas, porque o final não é feliz. Esse reino atende pelo nome de “João Monlevade”, que tem se transformado em capital da impunidade. Aqui quase tudo é permitido. Ex-prefeito pode se apoderar do dinheiro público para fazer festinhas para parentes. Também pode fazer festa de confraternização com o dinheiro do povo para os amigos. Dono de jornal pode ocupar imóvel público e ainda entrar na justiça contra seus legítimos donos. Vereador pode falsificar documentos. Mulher de vereador pode “roubar” dos idosos com a conivência do marido. Aqui se pode quase tudo, menos colocar a boca no trombone e denunciar as falcatruas.  Quem tiver coragem para abrir a boca e denunciar, corre o risco de ir para a cadeia ou responder por crimes de “danos morais”. O escândalo envolvendo a mulher do vereador Guilherme Silvério Nasser completa um ano sem solução. A polícia não investigou, o Ministério Público não indiciou e a Justiça não condenou. Para completar a sensação de impunidade, a Câmara de Vereadores da cidade ainda passou a mão na cabeça do vereador e também não se interessou pelo caso. Os únicos prejudicados foram os idosos que contraíram empréstimos e repassaram os valores para a mulher do Guilherme Nasser.   

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