22 de março de 2012

Dividiu a Igreja, desafiou a Diocese e barrou a Imprensa

Depois de dividir a Igreja Católica, desafiar a Diocese e praticamente ser “expulso” de João Monlevade, o “padre” José Felipe Bastos, que na realidade se chama José Mauro Bastos resolveu bater de frente com a imprensa. Nesta sexta-feira, 23, ás 19hs “Mauro” vai celebrar uma missa na casa de eventos “Âncora” localizada á poucos metros da Paróquia São José Operário, e já mandou o seu recado: “imprensa não entra”. De acordo com os organizadores da celebração, “seguranças contratados vão impedir a aproximação de qualquer jornalista junto ao padre”. Ainda segundo informações, não será permitido fotografar o ambiente e muito menos o padre. O “alerta” também foi feito em tom ameaçador por uma ligação anônima ao programa “Na Boca do Povo” da Rádio Comunicativa-FM. “Quero ver você falar tudo isso na frente do padre. Conversar bobagem atrás de um microfone é muito fácil. Quero ver você falar aqui no nosso recinto”, desafiou uma voz feminina que não quis se identificar. A celebração que acontece no “Âncora” está sendo organizada por um grupo de católicos inconformados com o afastamento do “padre” Felipe da Paróquia São José. Além do suporte para a celebração, o grupo promete construir uma igreja para o “padre”. A peregrinação do “padre” Felipe em João Monlevade sempre foi cercada por mistérios e inverdades. Em janeiro de 2011 o mesmo chegou à cidade para substituir o sacerdote José Marcelino de Magalhães Dias. Pouco depois ele foi nomeado administrador paroquial pelo Bispo Dom Odilon Guimarães Moreira. Além da Paróquia de São José, ele também era responsável pela Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Sua primeira inverdade foi afirmar que era monlevadense, alegando que o retorno á “terra natal” tinha por objetivo cuidar do pai que estava com câncer. Meses depois a Diocese descobriu que o “padre Felipe era uma grande farsa”. “Ele não nasceu em João Monlevade, e sim em Viçosa-MG onde chegou até a se casar. Ele também mentiu sobre a doença do pai. Além de não ser portador de câncer, seu pai gaza de ótima saúde”, disse um funcionário do alto clero.  Em abril do ano passado a Diocese Itabira/Coronel Fabriciano apresentou uma carta á comunidade onde o “padre” Felipe pedia a sua renúncia. A tal carta foi questionada por fiéis que levantou dúvidas sobre sua autenticidade. De saia justa, o Bispo Dom Odilon admitiu que o afastamento do “padre” foi decidido através de votação do Conselho Episcopal, onde 15 integrantes votaram pelo afastamento do mesmo. Também surgiram boatos na cidade dando conta que o mesmo teria falsificado documentos para garantir seu ingresso na Diocese. Esta, porém, não se manifestou a respeito, aumentando ainda mais o mistério que cerca o “padre” Felipe.  Querendo ou não, mesmo em vida o “padre” Felipe Bastos continua assombrando a cúpula da Igreja Católica e arrebanhando seus fiéis.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário