Prefeito aumenta seu salário, fecha TV Cultura e "vende" Central do Samu

Com apenas nove dias á frente da Prefeitura de Itabira o prefeito Damon Lázaro de Sena, PV, já colocou em prática três medidas, no mínimo, impopulares. Antes mesmo de tomar posse o prefeito eleito negociou com a Câmara de Vereadores o reajuste salarial de secretários, vice-prefeito e prefeito. Com o aumento de aproximadamente 60% nos vencimentos dos secretários Municipais, cada secretário passou a ganhar R$ 10.021,17. O salário do vice-prefeito Reginaldo Calixto, PMDB, foi para R$ 11.834,85 e o salário do prefeito Damon subiu para R$ 23.670,00. Á título de informação o último reajuste concedido aos demais servidores municipais não chegou á 7%. Além de reajustar o próprio salário, Damon também surpreendeu o povo itabirano ao “fechar” a TV Cultura de Itabira. Segundo fontes, o fechamento seria provisório, fato não confirmado pela assessoria do prefeito.  Mas o que mais chocou a comunidade foi um projeto de autoria do prefeito Damon Lázaro de Sena que inclui o município no Consórcio Intermunicipal de Aliança pela Saúde – Cias, que permite a transferência da Central do Samu, instalada em Itabira, para Belo Horizonte. Em troca dessa transferência Itabira receberia R$ 1,1 milhão para o pronto-socorro. Na prática, Itabira vai perder sua Central do Samu. A partir deste projeto, todas as ligações que os itabiranos fizerem para o Samu serão atendidas em Belo Horizonte e “transferidas” para Itabira. Segundo o secretário municipal de Saúde, Reynaldo Damasceno Gonçalves, “em nada implica de negativo no serviço que vem sendo prestado em Itabira”. De acordo com o mesmo, Itabira sairá ganhando com a mudança, já que o Governo do Estado destinará verbas aos municípios que aderirem á central. Para alguns médicos da cidade Itabira perde muito com a mudança. “Na prática Itabira vendeu uma importante conquista do povo. No ano passado o ex-prefeito João Izael esteve em Belo Horizonte e impediu que esse absurdo acontecesse. Infelizmente o novo governo achou por bem vender a nossa central do Samu”, salientou um profissional da Saúde.