Mais uma vez
a ingerência e o descompromisso com a vida fez o Hospital Margarida ganhar as
páginas policiais da mídia monlevadense. Desesperada, a família de Maria das
Mercês Martins, 56 anos, acusa o hospital de cometer “homicídio culposo”,
aquele que não tem intenção de matar. De acordo com familiares, Maria Mercês
ficou internada naquela Casa de Saúde por 23 dias para cuidar de uma pneumonia.
Durante o período em que esteve internada no Centro de Tratamento Intensivo –
CTI, a paciente respirava com a ajuda de um aparelho de oxigênio. Uma hora após
receber alta e voltar prá casa, Maria acabou morrendo por “insuficiência
respiratória”. Ainda de acordo com os familiares, Maria das Mercês foi deixada
em sua residência no Bairro Boa Vista por uma ambulância do hospital. Ela usava
uma camisola do hospital e estava enrolada em um lençol timbrado do Hospital
Margarida. “Durante todo tempo em que esteve internada ela usava o oxigênio, e
somente deixou de usar quando foi tirada da ambulância na volta prá casa”,
disse um familiar que se surpreendeu quando o motorista da ambulância disse que
não poderia deixar o equipamento na residência da paciente. “Além de dizer que
não poderia deixar o oxigênio com ela, o motorista também não nos orientou a
providenciar outro equipamento”, reclamou. “Já na ambulância ela sentiu sinais
de falta de ar. Uma hora após ter sido deixada em casa sem o oxigênio, ela deu
três suspiros e não deu nem tempo prá chamar a ambulância”, disse a vizinha
Graciana de Jesus Gomes que tentou em vão socorrer a Maria. Foi um erro
grotesco do hospital”, reclamou. Através da Assessoria de Comunicação, a
diretoria do Hospital Margarida informou que só irá se manifestar sobre o
assunto após apuração de diretores técnicos e clínicos da unidade de saúde. O
fato do vestuário do hospital ter sido deixado na casa da paciente morta também
será investigado. Por ocasião da inauguração do CTI daquele hospital, o
ex-provedor Lucien Marques, PSDB, montou um verdadeiro palanque político para
receber autoridades ligadas ao ex-deputado Mauri Torres. Apesar do alto
investimento, o Hospital Margarida não vem cumprindo o seu principal objetivo
que é salvar vidas. A família da vítima promete acionar judicialmente o
Hospital Margaida.
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