Caso seja
aprovado o Projeto de Lei 2230 que cria o Estatuto do Sistema Penitenciário
Nacional também chamado de “Estatuto da Mordomia Carcerária” que está pra ser
votado na Câmara dos Deputados, muitos pais de famílias vão fazer de tudo para
ser preso e passar a conviver com os benefícios oferecidos pelos presídios
brasileiros garantidos pelo Estatuto. Esse Projeto de Lei elaborado pelo
deputado Domingos Dutra (foto) depois do resultado da CPI do Sistema Carcerário, tem
119 artigos que estabelecem regras relativas ao funcionamento dos presídios e
ao respeito aos direitos e deveres dos presos, proporcionando-lhes uma verdadeira
vida de rei dentro dos presídios espalhados pelo país afora. Se esse projeto
for aprovado, os presos passam a ter direito a alojamento individual,
alimentação de boa qualidade preparada por nutricionista, creme hidratante,
xampu e condicionador, visita a parentes doentes com escolta paga pelo Estado,
e remuneração para todos os presos e não só para aqueles que contribuíam para o
INSS no ato da prisão. Prevê o “Projeto de Mordomia Carcerária” que para cada
400 presos serão obrigatórios 07 médicos, 03 enfermeiros, 03 odontólogos, 03
psicólogos, 03 nutricionistas, 12 professores, 06 auxiliares de enfermagem, 24
instrutores técnicos, dentre inúmeras outras mordomias que nenhuma escola do
país possui. Se pensa que acabou se prepare, pois o pior vem agora. Se o agente
penitenciário deixar de fornecer artigo de higiene ao preso, poderá pegar de
três a seis anos de prisão. Essa mesma pena será aplicada ao delegado que
depois de lavrado o flagrante deixar o preso permanecer na Delegacia de
Polícia. E sobrou até para o diretor do presídio, que também poderá pegar cana
de três a seis anos se o preso for alojado além da capacidade máxima. Ou seja,
a única saída para o diretor é rejeitar novos presos no presídio que dirige e
correr o risco de ser processado por desobediência. O maior de todos os
absurdos, que chega a ser ridículo, é a instituição do dia 25 de junho como o
“Dia do Encarcerado”. Levantamentos dão conta de que no Brasil existem mais de
200 mil vagas para 420 mil presos, excluindo daí os presos em regime aberto.
Isso representa 1,45 preso para cada vaga nos estabelecimentos penais. Com a
aprovação desse projeto, conforme classificou o deputado federal Jair Bolsonaro
“é Lei Áurea para os presos”. Também fazem parte do projeto de mordomias
prisionais normas específicas sobre saúde da mulher, com a previsão de medidas
de prevenção do câncer ginecológico e oferecimento obrigatório de creche e
berçário para crianças de até dois anos, filhos de encarceradas. Isso sem
contar a obrigatoriedade de alfabetização dos presos e da oferta de estudo
básico e profissionalizante, criando estrutura de biblioteca, salas de aula e
acesso a cursos por rádio, televisão e internet, benefícios almejados por
milhares de escolas por todo o país em vão.
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