Durante anos
e anos o Hospital Margarida serviu de trampolim político para a tucanada de
alta plumagem denominada “Corja”. Num relato em três capítulos vamos fazer uma
breve retrospectiva de como o “Margarida” foi transformado numa máquina de
queimar dinheiro público e de produzir votos. Acompanhe comigo:
Até 1994 o
Hospital Margarida era administrado pela Associação de Serviços Sociais, AMSS.
De 1994 até 2004 o hospital foi administrado pela Sociedade São Camilo, e mais
tarde sucedida pela Pró-Saúde. Em fevereiro de 2003 a Câmara Municipal de João Monlevade
através do grupo de vereadores que apoiavam o então prefeito Carlos Moreira
instaura uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, e tira a Pró-Saúde da
administração do hospital, tudo para criar um fato político com a finalidade de
reeleger o prefeito Carlos Moreira. Naquele mesmo ano a “Belgo Mineira” divulga
uma nota informando que o Hospital Margarida foi entregue á Associação São Vicente
de Paulo, saneado e sem dívidas. Em 02 de julho de 2004, próximo ás eleições, a
Prefeitura divulga em seu jornal oficial “Alô Monlevade” que o “Margarida agora
é nosso”. A “Corja” só esqueceu de dizer que o hospital passara a ter a
finalidade única de atender o Carlos, o Mauri e seus apadrinhados, pois, o
povão quando buscava atendimento, era recambiado para o PA. Em maio de 2005 a
verdade veio a tona e o Hospital Margarida se viu atolado numa crise financeira
com mais de 280 títulos protestados por falta de pagamento. Durante a crise, a
Sociedade São Vicente de Paulo transfere seus bens para o Conselho Central de
Ouro Preto, e um novo escândalo vem á tona: sem autorização o Presidente da
SSVP, Antônio Cláudio Valentim, o popular “Xerife”, indevidamente autorizou o
uso do CNPJ da entidade e a dívida do hospital estava para cair no colo dos
diretores da Sociedade São Vicente. Por decisão do Conselho Central, Antônio
Cláudio é afastado da Presidência da SSVP. Em abril de 2005, após quebrar o
hospital, a administradora Núbia Roberta é demitida e a Associação São Vicente
de Paula é criada para administrar o “Margarida”. Em 31 de maio de 2005 assume
a administração do hospital os senhores Eder Pinheiro e Marcos Antônio. O
hospital recebe a bagatela de R$ 300.000,00 do Estado. No mês seguinte a
direção do hospital decide fechar a UTI que durou apenas no período eleitoral,
ou seja, apenas seis meses. Partos são transferidos para Nova Era e Itabira;
faltam médicos, medicamentos, material de limpeza e até papel higiênico.
Médicos ameaçam entrar em greve, trabalhadores são demitidos, enfim, o grupo do
PSDB liderado pelo Carlos Moreira afundou o “Margarida” numa crise profunda. O
pior ainda está por vir. Aguarde!!!
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