O tribunal
de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu obrigar o governo estadual a
investir, anualmente, 12% da receita na Saúde e 25% na Educação. A medida foi
tomada, em caráter liminar, atendendo a um pedido do Ministério Público
Estadual. As promotorias de Defesa do Patrimônio Público, da Saúde e da
Educação entraram com uma ação por improbidade administrativa contra o Estado,
solicitando que a Justiça anulasse um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG)
firmado entre o Executivo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), permitindo
ao governador Antonio Anastasia, PSDB descumprir a Constituição Federal, que
obriga os estados e Distrito Federal a investirem percentuais definidos para
Educação e Saúde. O Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) foi uma manobra do
ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas, Mauri Torres
para beneficiar o tucano Anastasia. Em outubro o juíz de primeira instância
entendeu que o MP tinha razão. Decidiu conceder a liminar almejada. Caso não
seja cumprida, o governador estará sujeito a multa diárias até que seja julgado
o mérito da ação. O TAG foi assinado no dia 8 de fevereiro deste ano. De acordo
com o documento, o governo mineiro teria que investir 9,68% na Saúde, neste
ano, e 22,82% da receita em Educação. Em 2013, os percentuais seriam de 10,84%
e 23,91 em Saúde e educação, respectivamente. O TAG foi aprovado por
unanimidade pelos conselheiros do Tribunal de contas. O relator da matéria foi
o ex-deputado Mauri Torres, ex-líder do Executivo mineiro na Assembleia
Legislativa. O tribunal é o órgão fiscalizador das contas do governo. Por isso,
teve que avalizar a manobra. Apenas em 2014, o Estado estaria obrigado a
cumprir os percentuais legais, segundo o termo.
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