No Brasil,
as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito
provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. De acordo
com a Organização Mundial de Saúde – OMS, a estimativa é de 52.680 novos casos
de câncer de mama em 2012. Em 2010 a doença matou 12.852 pessoas, sendo 12.705
mulheres e 147 homens. Ainda de acordo com a OMS, o segundo tipo mais frequente
no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por
22% dos casos novos a cada ano. “Se diagnosticado e tratado no início, o
prognóstico de cura é relativamente bom”, afirmam especialistas no assunto. Mas
como diagnosticar sem passar pelo exame de mamografia? Será que apenas o toque
é capaz de fornecer um resultado confiável? E quem não tem plano de saúde e tem
que aguardar na fila do SUS até um ano passar fazer o exame? A idade de João Monlevade
vive uma situação atípica. Enquanto várias mulheres aguardam na fila a
autorização da Secretaria Municipal de Saúde para realizar o exame fora do
município, um aparelho (mamógrafo) novinho em folha foi montado e “esquecido”
em uma sala do Pronto Atendimento – PA. De acordo com informações esse
mamógrafo foi “doado” pelo Consórcio Municipal de Saúde (Cismep), em 2006
quando o prefeito era o Carlos Moreira, PSDB. “O equipamento ficou encaixotado
no antigo PA por seis anos. No ano passado o mamógrafo foi instalado em uma
sala do Pronto Atendimento e não está sendo utilizado porque o PA não possui
Alvará da Gerência Regional de Saúde”, denunciou o vereador Belmar Diniz, PT. O
vereador foi quem descobriu o equipamento “abandonado” em uma sala do PA. “É
uma vergonha que isso esteja acontecendo no nosso município. Enquanto várias
mulheres aguardam na fila pelo exame, Monlevade se dá ao luxo de ter esse
mamógrafo enferrujando numa sala do PA” disparou o vereador.
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