Num lugar muito, mas muito distante de tudo que se pode imaginar em termos de justiça, vive um “príncipe” muito esperto. De olho na “botija” de uma jovem princesa, o nosso personagem resolveu se casar e construir sua fortuna. Muito bem, essa história poderia continuar como um conto de fadas, mas não podemos transferir uma realidade em conto de fadas, porque o final não é feliz. Esse reino atende pelo nome de “João Monlevade”, que tem se transformado em capital da impunidade. Aqui quase tudo é permitido. Ex-prefeito pode se apoderar do dinheiro público para fazer festinhas para parentes. Também pode fazer festa de confraternização com o dinheiro do povo para os amigos. Dono de jornal pode ocupar imóvel público e ainda entrar na justiça contra seus legítimos donos. Vereador pode falsificar documentos. Mulher de vereador pode “roubar” dos idosos com a conivência do marido. Aqui se pode quase tudo, menos colocar a boca no trombone e denunciar as falcatruas. Quem tiver coragem para abrir a boca e denunciar, corre o risco de ir para a cadeia ou responder por crimes de “danos morais”. O escândalo envolvendo a mulher do vereador Guilherme Silvério Nasser completa um ano sem solução. A polícia não investigou, o Ministério Público não indiciou e a Justiça não condenou. Para completar a sensação de impunidade, a Câmara de Vereadores da cidade ainda passou a mão na cabeça do vereador e também não se interessou pelo caso. Os únicos prejudicados foram os idosos que contraíram empréstimos e repassaram os valores para a mulher do Guilherme Nasser.
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